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PCP acusa PS, PSD e CDS-PP de ataque à Segurança Social

Jerónimo de Sousa apresentou medidas alternativas.

26 de abril de 2015 às 17:52

O secretário-geral do PCP acusou, este domingo, o PS e o Governo PSD/CDS-PP de incluírem nos respetivos programas "um ataque à Segurança Social" e afirmou que o PCP tem "uma política alternativa" que defende o regime previdencial.

Entre outros exemplos, apontou as propostas do PCP de "criar uma contribuição para a Segurança Social em função não apenas do número de trabalhadores mas também em relação ao valor acrescentado líquido" e para "afetar 0,20% do imposto a criar sobre todas as transações na bolsa de valores destinado ao reforço do fundo de estabilização financeira".

Jerónimo de Sousa falava num almoço da CDU (PCP/PEV), em Loures, comemorativo do 25 de Abril, numa intervenção em que sustentou que o plano macroeconómico apresentado pelo PS segue a mesma "política de direita" da atual maioria, com diferenças "de ritmo, de intensidade", e advertiu para "novos perigos de destruição da Segurança Social".

PCP apresenta alternativas

"Quer o Governo quer o PS inscrevem nos seus objetivos o ataque à Segurança Social, mas há uma política alternativa. Nós pensamos que há soluções para garantir a plena realização do direito constitucional a uma Segurança Social ao serviço dos trabalhadores e do povo", afirmou.

Jerónimo de Sousa destacou depois quatro medidas "do vasto conjunto de propostas que o PCP tem apresentado", a primeira das quais consiste em "pôr fim à utilização de receitas da Segurança Social como instrumento de política económica e de falso apoio à criação do emprego, à competitividade ou de incentivo ao aumento dos salários".

Outra medida apontada foi "assegurar o pagamento da Taxa Social Única (TSU) que é paga pelos trabalhadores e pelas entidades patronais como fonte de financiamento do regime previdencial, pondo fim à proliferação de isenções e das reduções da TSU que transformaram a exceção em regra".

"Criar uma contribuição para a Segurança Social em função não apenas do número de trabalhadores mas também em relação ao valor acrescentado líquido" e "afetar 0,20% do imposto a criar sobre todas as transações na bolsa de valores destinado ao reforço do fundo de estabilização financeira" foram as outras duas medidas referidas.

"Aqui estão quatro propostas demonstrativas de que não é necessário cortar nas pensões e nas reformas, na proteção social, que é possível garantir a sustentabilidade da Segurança Social", concluiu Jerónimo de Sousa.

Jerónimo considera insultuoso data de anúncio da coligação

"PSD e CDS anunciaram ontem[sábado] que vão concorrer juntos, anunciaram no dia 25 de Abril. Creio, camaradas, que é importante afirmar que é um insulto ao 25 de Abril esta direita que está a destruir o que resta de Abril vir celebrar o seu acordo neste dia, de cravo ao peito", declarou Jerónimo de Sousa, num almoço da CDU (PCP/PEV), em Loures.

O secretário-geral do PCP referiu-se à coligação PSD/CDS-PP como "a força que esteve contra o 25 de Abril, as suas apostas, as suas realizações" e considerou que "não há nenhuma surpresa" no entendimento entre sociais-democratas e centristas: "Estiveram unidos na destruição, querem continuar a destruição, unidos".

Segundo Jerónimo de Sousa, estejam "juntos ou separados", PSD e CDS-PP vão ter do povo a mesma resposta: "Uma derrota, uma redução drástica da votação na direita, para afastar esta gente, este Governo da vida política nacional em termos institucionais".

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