Secretário-geral do PS defende que é necessário "investir melhor" no rearmamento mas sem sacrificar os fundos de coesão.
O líder do PS defendeu, esta quinta-feira, que a União Europeia precisa de ter "voz e meios próprios para garantir a segurança" dos cidadãos, considerando que é necessário "investir melhor" no rearmamento mas sem sacrificar os fundos de coesão.
Numa declaração à agência Lusa, Pedro Nuno Santos adiantou algumas das ideias que defendeu durante a reunião desta manhã do Partido Socialista Europeu, que decorreu por videoconferência, e que antecedeu a reunião do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas.
Segundo o líder do PS, a União Europeia "precisa de ter voz e meios próprios para garantir a segurança dos seus cidadãos", considerando que isso passa por "uma cooperação mais estreita entre os estados-membros".
Quanto ao rearmamento da Europa, para o PS é fundamental "integrar esforços, evitar redundâncias e criar capacidades conjuntas, com investimentos coordenados".
"Não é suficiente gastar mais, é também preciso investir melhor e esse esforço é incontornável também para assegurar a paz", apelou.
Para Pedro Nuno Santos, este esforço "não pode sacrificar o crescimento e o bem-estar dos cidadãos", defendendo que o reforço dos meios de defesa europeia "não pode afetar, desde logo, os fundos de coesão".
"Tive oportunidade de defender que o momento que a Europa enfrenta é crítico e de definição quanto ao futuro. E o futuro tem que passar, necessariamente, pela construção de uma verdadeira defesa europeia", disse ainda.
Um eventual cessar-fogo parcial na Ucrânia após contactos entre os Presidentes da Rússia e dos Estados Unidos vai dominar a reunião dos líderes da União Europeia (UE), esta quinta-feira, em Bruxelas, quando o bloco comunitário aposta mais na sua defesa.
Neste Conselho Europeu dedicado ao tema da competitividade económica para financiar as necessidades de investimento em defesa e dominado pela atualidade, Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O encontro surge dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um acordo com o homólogo russo, Vladimir Putin, para uma trégua de 30 dias limitada a ataques a infraestruturas e alvos energéticos.
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