A edição de hoje
Líder do CDS disse que assunto podia ficar resolvido à primeira.
Duas declarações políticas marcaram o ato eleitoral deste domingo. A de Cavaco Silva, confessando cansaço ao fim de dez anos na Presidência: "Já tenho direito a descanso." E a de Paulo Portas, que obrigou à intervenção da Comissão Nacional de Eleições (CNE), ao pedir aos órgãos de comunicação social para não repetirem as palavras do líder do CDS.
"Acho que se houver boa participação hoje [este domingo], o assunto pode ficar resolvido à primeira volta e eu sou daqueles que acham que o que pode ser resolvido à primeira volta não se deve deixar para uma segunda volta, que não se sabe como termina", disse Portas, por volta das 10h30, em Caxias (Oeiras), após exercer o seu direito de voto. Estas declarações motivaram de imediato queixas na CNE, porque, alegadamente, ultrapassaram o simples apelo ao voto.
A CNE reuniu-se para deliberar, por entender que podia configurar uma violação da lei. No final, emitiu um comunicado: "Os órgãos de comunicação social devem cessar a transmissão da parte final das respetivas declarações, na medida em que as mesmas podem ser entendidas como declaração de apoio a um dos candidatos."
João Almeida, porta-voz da CNE, explicou que a eleição tem a característica de poder ter duas voltas, "e ter ou não ter uma volta é neste momento claramente promover um candidato".
Além do atual ‘inquilino’ de Belém, os três ex-Presidentes da República, apoiantes do candidato Sampaio da Nóvoa, exerceram também o seu direito de voto. Ramalho Eanes e Jorge Sampaio sublinharam a importância do ato eleitoral e apelaram ao voto. Já Mário Soares, que votou às 10h15 na reitoria da Universidade de Lisboa, não prestou declarações à comunicação social.
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