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Presidenciais: Única segunda volta foi em 1986

Freitas e Soares foram a votos.

02 de janeiro de 2016 às 12:42

As únicas eleições presidenciais da democracia portuguesa que obrigaram a uma segunda volta realizaram-se há 20 anos, entre Freitas do Amaral e Mário Soares, e duas décadas depois há candidatos que equacionam uma repetição de 1986.

Nas eleições de 26 de janeiro de 1986, Diogo Freitas do Amaral obteve 46,31% dos votos, Mário Soares 25,43%, Francisco Salgado Zenha 20,88% e Maria de Lurdes Pintasilgo 7,38%, e a abstenção foi de 24,62%.

Com este resultado, nenhum dos candidatos conseguiu mais de metade dos votos validamente expressos, o que obrigou a um segundo sufrágio, realizado a 16 de fevereiro de 1986, que Mário Soares venceu com 51,18% dos votos, contra 48,82% de Freitas do Amaral, e com a abstenção nos 22,01%.

Para as presidenciais de 24 de janeiro de 2016, algumas sondagens previram já a realização de uma segunda volta e deram como favorito nos dois sufrágios o candidato Marcelo Rebelo de Sousa (que conta com a recomendação de voto do PSD e do CDS-PP).

"Praticamente seguro"

Entre a dezena de candidatos, António Sampaio da Nóvoa, que conta com o apoio dos antigos Presidentes da República António Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio e de militantes do Partido Socialista (PS), considerou estar "praticamente seguro" de uma segunda volta.

"Estamos praticamente seguros de que haverá segunda volta e na segunda volta são outras eleições", disse o ex-reitor da Universidade de Lisboa.

Marisa Matias, eurodeputada apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE), defendeu que numa eventual segunda volta todos os candidatos ou candidatas de esquerda devem unir-se para derrotar a "candidatura da direita".

A candidata disse estar certa de que, se passar à segunda volta, todos os candidatos se unirão em torno da sua candidatura para "derrotar o candidato da direita".

Já Maria de Belém Roseira afirmou que espera contar com o apoio do PS, partido do qual é militante e que não deu indicação de voto aos militantes, numa eventual segunda volta das presidenciais.

"Estou convicta de que passarei a uma segunda volta e com uma recomendação à segunda volta", disse Maria de Belém Roseira, ex-presidente do PS e ministra de Governos socialistas, ao responder a uma pergunta sobre se esperava uma recomendação de voto do seu partido se houver segunda votação.

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