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Presidente da Câmara de Lisboa enaltece trabalho da Gebalis na habitação municipal com erradicar de barracas

Carlos Moedas enalteceu o papel dos trabalhadores da empresa municipal, que têm "a missão de trazer dignidade às pessoas" no âmbito do acesso à habitação.

23 de outubro de 2025 às 16:14

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), assinalou esta quinta-feira os 30 anos da empresa Gebalis, responsável pela gestão da habitação municipal na capital, destacando a "missão de trazer dignidade" na transformação da cidade, que antes tinha barracas.

"A Gebalis nasceu de uma das maiores transformações da habitação em Lisboa [...]. Essa transformação de uma Lisboa que tinha barracas", afirmou Carlos Moedas, destacando o contributo da empresa municipal na execução do PER - Programa Especial de Realojamento (PER), criado em 1993, para erradicar as barracas e realojar as famílias em habitações municipais, principalmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Na conferência "Gebalis 30 Anos - Desafios da Gestão da Habitação Municipal", que decorreu no Fórum Lisboa, com a presença de vários autarcas da capital, inclusive recém-eleitos nas autárquicas de 12 de outubro, o atual e reeleito presidente da Câmara aproveitou para agradecer à presidente cessante da Assembleia Municipal, Rosário Farmhouse (independente eleita pelo PS), pelo trabalho "para as pessoas, acima dos partidos".

Relativamente à Gebalis, Carlos Moedas enalteceu o papel dos trabalhadores da empresa municipal, que têm "a missão de trazer dignidade às pessoas" no âmbito do acesso à habitação, com a disponibilização de "mais de 22.000 casas"

"Hoje temos em Lisboa 12% da população que vive em bairros municipais e isso é graças ao trabalho da Gebalis", destacou o autarca do PSD, referindo que no atual mandato 2021-2025 foram entregues "mais de 2.800 chaves" e que no próximo mandato, 2025-2029, o objetivo é continuar "a fazer mais cidade", inclusive trazer os jovens para o centro histórico.

O social-democrata realçou ainda o trabalho da Gebalis de "fazer florescer as comunidades" e de "criar a capacidade de sonhar", assim como o de assegurar que as regras são cumpridas no acesso à habitação, para que haja justiça, "porque há muitos [cidadãos] que estão à espera de casa há muito tempo".

A conferência começou com o presidente da Gebalis, Fernando Angleu, que ressalvou que o 30.º aniversário da empresa municipal foi no dia 02 de outubro, mas como nessa data se estava em campanha eleitoral a celebração foi adiada para hoje, e assinalou o luto nacional pela morte do fundador do PSD Francisco Pinto Balsemão, pedindo um minuto de silêncio, cumprido pelo auditório.

Referindo que foi "um enorme privilégio" liderar a Gebalis nestes últimos quatro anos, Fernando Angleu reconheceu o trabalho da sua equipa para "uma Lisboa mais justa, mais inclusiva e mais humana" e destacou a opção da Câmara Municipal durante este mandato com "uma aposta ímpar na política da habitação, uma aposta que recolocou a habitação municipal no centro das prioridades da cidade".

"Ao longo destes 30 anos, a história da Gebalis confundiu-se com a própria história de Lisboa. A Gebalis cresceu com a cidade, adaptou-se às suas mudanças, respondeu a novos desafios e, sobretudo, manteve um compromisso constante com as pessoas que vivem nos nossos bairros. Hoje, fruto do trabalho de todos os que passaram nesta casa desde 1995, muitas vezes sem as condições adequadas, quase sempre sem o devido reconhecimento, sabemos que é uma empresa preparada para os desafios e comprometida com a sua missão", declarou.

Fernando Angleu destacou ainda a reabilitação de milhares de fogos e edifícios, o reforço das intervenções de manutenção e a aceleração de obras há muito necessárias, mas reconheceu que "ainda há muito por fazer", pedindo desculpa às famílias pela demora nas respostas.

"Precisamos de uma nova cultura de responsabilidade, menos má apropriação, menos incumprimento, menos ocupações ilegais, menos vandalismo. Quando um fogo é ocupado indevidamente, quando uma renda deixa de ser vaga, quando um espaço comum é danificado, todos perdem", disse, notando que a gestão da habitação municipal depende do "compromisso coletivo" de ter bairros onde se viva com dignidade, mas também "com sentido de pertença e de dever".

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