"Prazos que as empresas contratadas pela União Europeia estabeleceram não estão a ser cumpridos e que isso vai atrasar muito a vacinação", diz autarca.
O presidente da Câmara Municipal de Loures manifestou-se esta segunda-feira apreensivo com o atraso do início da vacinação contra a covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa e defendeu que o Governo deve procurar soluções fora da União Europeia.
"Vou vendo que os prazos que as empresas contratadas pela União Europeia estabeleceram não estão a ser cumpridos sistematicamente e que isso nos vai atrasar muito a vacinação de largas camadas da população. Se calhar era tempo de o Governo, como outros países já fizeram, começar a encontrar alternativas paralelas", afirmou à agência Lusa Bernardino Soares (CDU).
O processo de vacinação contra a covid-19 de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas estava previsto iniciar-se hoje em vários municípios da Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente no de Loures, mas tal não aconteceu.
"Fomos informados na sexta-feira que o número [de vacinas] a disponibilizar esta semana seria muito limitado. No caso do nosso ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) seriam 100 vacinas para Loures e Odivelas. Com essa escassez o nosso centro de vacinação não estará a funcionar hoje e, provavelmente, não estará na maioria dos dias desta semana", perspetivou.
Os municípios de Loures e de Odivelas integram o mesmo ACES.
Nesta fase, no concelho de Loures o processo de vacinação vai decorrer no Pavilhão Feliciano Bastos, localizado no centro da cidade, onde existe a capacidade instalada para administrar 800 vacinas por dia.
No entanto, Bernardino Soares considerou que a existência de um só centro municipal de vacinação é insuficiente e explicou que, desde o início, a autarquia defendeu a necessidade de ser criado um outro na zona oriental do concelho.
"Visitámos vários espaços, incluindo na zona oriental do concelho, semelhante ao pavilhão que temos em funcionamento em Loures, mas o ACES concluiu que só tem recursos humanos para ter um centro de vacinação neste momento, embora tenhamos feito notar as dificuldades que a população da zona oriental terá para se deslocar até Loures", apontou.
Nesse sentido, Bernardino Soares referiu que a Câmara de Loures irá dar apoio no transporte às pessoas que demonstrem incapacidade para o efetuar pelos próprios meios, devendo os pedidos ser endereçados através da linha de apoio social da autarquia (800 100 176).
"O que temos é um mecanismo, que será divulgado a partir de hoje, de apoio de retaguarda para aqueles que tenham sido convocados e não tenham mesmo condições para se deslocar pelos seus próprios meios ou dos familiares", explicou.
Entretanto, hoje, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que Portugal recebeu 87.750 doses da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer, estando prevista a entrega ainda esta semana de 22.800 doses da vacina da Moderna.
Esta é uma nova etapa do plano nacional de vacinação contra o novo coronavírus, que se iniciou em 27 de dezembro, e que foi recentemente atualizado, passando a incluir nesta fase a vacinação simultânea de pessoas com 80 ou mais anos de idade e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas.
A campanha de vacinação contra a covid-19 foi planeada de acordo com a disponibilidade das vacinas contratadas para Portugal, que estão a ser administradas faseadamente a grupos prioritários, até que toda a população elegível esteja vacinada.
A fase 1 abrange também os profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, funcionários e utentes de lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados integrados, assim como elementos das forças armadas, das forças de segurança, de serviços críticos e titulares de órgãos de soberania e altas entidades públicas.
O objetivo é vacinar 80% das pessoas com mais de 80 anos até março.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.354 pessoas dos 767.919 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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