Responsável sublinhou que as negociações com Bruxelas sobre o plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa, aprovado em 21 de dezembro de 2021, foram "muito difíceis".
O presidente da Parpública adiantou esta quinta-feira que o custo total da reestruturação da TAP atinge cerca de 5000 milhões de euros, somando a ajuda pública de 3200 milhões com a contribuição própria da empresa e a compensação Covid.
"Esta soma da contribuição própria com o auxilio de Estado global -- não só o auxilio da reestruturação, mas também o auxílio da compensação covid - é que vão somar o custo global da reestruturação, que, no âmbito do plano de reestruturação e da decisão da Comissão Europeia atinge cerca de 5.000 milhões de euros", adiantou Jaime Andrez, em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal (IL) Bernardo Blanco, na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
O responsável sublinhou que as negociações com Bruxelas sobre o plano de reestruturação da TAP, aprovado em 21 de dezembro de 2021, foram "muito difíceis", sobretudo sobre "dois instrumentos muito importantes para a decisão final da Comissão Europeia", que tinham a ver com a partilha de perdas pelos diversos parceiros da companhia e com o contributo próprio da empresa.
Conforme explicou Jaime Andrez, a contribuição própria tem a ver com a redução de custos para ajudar a viabilização da atividade económica e financeira da empresa.
Já questionado sobre o conhecimento que tem sobre o processo de privatização da TAP, Jaime Andrez disse que "ainda está numa fase de reflexão". "Não há qualquer informação consolidada que possa transmitir aqui hoje", apontou.
Relativamente à consultora norte-americana que estará a assessorar a TAP no processo de privatização, a Evercore, Jaime Andrez começou por responder ao deputado Hugo Carneiro que só conhecia a consultora de nome, mas depois acabou por confirmar que participou numa reunião com a referida empresa em 08 de fevereiro deste ano.
Segundo o presidente da Parpública, a reunião teve como tema "informação relativa a potenciais parcerias no âmbito da TAP", mas não teve a ver com a privatização.
"Não era informação relativa à tomada de cisões sobre privatização, até porque a Evercore não é uma empresa credenciada para o efeito de assistência nessa área de privatização. Não creio que a Evercore esteja nessa lista [de consultoras credenciadas)", afirmou.
Já questionado sobre o deputado comunista Bruno Dias sobre processos de recrutamento levados a cabo por 'head hunters' (procura de talentos), Jaime Andrez afirmou que foram feitas consultas para o recrutamento do administrador financeiro da TAP e para vogais na Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, mas ficou de enviar posteriormente informação sobre os custos daqueles procedimentos.
Questionado pelo deputado socialista Bruno Aragão, e novo coordenador do PS na comissão, sobre a ausência do ex-presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, nas reuniões sobre a TAP, ao contrário do que acontecia com o seu antecessor, Miguel Frasquilho, o presidente da Parpública confirmou não ter memória de qualquer reunião em que tenha estado presente Manuel Beja.
"Naturalmente por opções de governação que foram assumidas por ele e pelos restantes membros do Conselho de Administração, as razões desconheço, mas realmente o doutor Miguel Frasquilho era mais presente, mais interventivo nessas reuniões", apontou.
Já questionado por Bruno Aragão sobre um email trocado entre Jaime Andrez e Manuel Beja, em 25 de junho de 2021, onde o ex-'chairman' terá colocado a possibilidade de reduzir substancialmente a frequência das reuniões do Conselho de Administração, o presidente da Parpública disse ter "vagamente ideia dessa conversa", mas recordava-se melhor de uma conversa presencial, durante um almoço, onde trocaram "impressões sobre aquilo que viria a inspirar, fundamentar, uma opção para o modelo de gestão".
"Mas não vejo nenhuma preocupação que possa estar por trás dessa opção de ter ou não mais reuniões do Conselho de Administração", acrescentou.
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