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Presidente da República pede celeridade para relatório final sobre o acidente mortal no Elevador da Glória

"Se fosse possível abreviar estes prazos, sobretudo do relatório definitivo, todos agradeceríamos", apelou Marcelo Rebelo de Sousa.

07 de setembro de 2025 às 14:09

O Presidente da República pediu este domingo celeridade às autoridades responsáveis pelo relatório final sobre o acidente mortal no Ascensor da Glória, em Lisboa, agradecendo as primeiras conclusões preliminares conhecidas no sábado.

Em declarações recolhidas pelas televisões à saída do cemitério do Alto de São João, após o funeral de uma das vítimas mortais do descarrilamento de quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que o próximo relatório "está prometido para daqui a 45 dias" e que o documento definitivo só deverá ser conhecido dentro de um ano.

"Se fosse possível abreviar estes prazos, sobretudo do relatório definitivo, todos agradeceríamos", apelou o Presidente.

O chefe de Estado comentou as conclusões do primeiro relatório, "ainda muito preliminar", do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), divulgado no sábado, que indica que o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória "cedeu no seu ponto de fixação" da carruagem que descarrilou.

O relatório conclui ainda que o plano de manutenção do elevador "estava em dia" e que na manhã do acidente foi feita uma inspeção visual programada, que não detetou qualquer anomalia no cabo ou nos sistemas de travagem das duas carruagens.

Agradecendo ao GPIAAF o cumprimento do prazo "em circunstâncias difíceis" -- "tão raro em Portugal" --, Marcelo Rebelo de Sousa notou que existe apenas "um único perito" para avaliar acidentes ferroviários, instando a que sejam contratados mais, porque "é uma responsabilidade muito pesada".

O Presidente destacou ainda aquilo que considera serem as principais dúvidas e pistas deixadas neste primeiro relatório, nomeadamente o que motivou que o cabo que unia as duas cabinas do elevador se soltasse e por que não funcionou a redundância, para permitir a travagem.

As primeiras conclusões -- notou ainda -- deixam antever que a inspeção visual não permitiu detetar o problema no cabo e permitem ainda questionar "porque não há uma instituição encarregada de fiscalizar este tipo de matérias".

O Presidente assinalou ainda que, "com os elementos disponíveis, não é possível determinar a responsabilidade de pessoas nem de organizações reativamente ao que aconteceu, nesta fase". Por isso, "é preciso aguardar pelo relatório prometido para daqui a 45 dias", que Marcelo Rebelo de Sousa gostava que fosse apresentado mais cedo.

"Teremos de esperar por essa altura", sublinhou. O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 22 feridos. Gerido pela Carris, o elevador da Glória liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de 276 metros e é muito procurado por turistas. 

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