page view

Primeiro-ministro admite preocupação e está "em diálogo permanente com Comissão Europeia" devido às tarifas

"Amanhã teremos um Conselho de Ministros que será dedicado a esse tema e falaremos", afirmou Luís Montenegro.

09 de abril de 2025 às 12:31

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira preocupação com a aplicação das tarifas aduaneiras pelos Estados Unidos da América, disse estar "em diálogo permanente com a Comissão Europeia", e remeteu para quinta-feira uma resposta do ponto de vista nacional.

Luís Montenegro respondeu muito brevemente a perguntas da comunicação social no final uma sessão sobre inovação e digitalização em Portugal, no Museu das Comunicações, em Lisboa, quando questionado sobre as tarifas que esta quarta-feira entraram em vigor.

"Estamos preocupados, estamos a acompanhar, estamos em diálogo permanente com a Comissão Europeia e estamos também a tratar da nossa parte mais individualmente considerada. Amanhã teremos um Conselho de Ministros que será dedicado a esse tema e falaremos", afirmou.

Questionado se Portugal não deveria já ter dado uma resposta, voltou a remeter para quinta-feira.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro já tinha adiantado que o Conselho de Ministros de quinta-feira iria discutir o tema das tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos da América e debater eventuais respostas, depois das reuniões do Ministério da Economia entre terça-feira e quarta-feira com associações empresariais.

Na sua intervenção no Museu das Comunicações, Montenegro tinha abordado o tema de forma lateral, quando defendeu a importância de Portugal estar a desenvolver o seu próprio modelo de linguagem de inteligência artificial, o Amália.

"Numa altura em que se discute agora a guerra comercial global à escala mundial, muito por causa do impulso tarifário da nova administração americana, do que nós estamos a falar é das regras do comércio à escala global e do jogo das dependências e interdependências entre os blocos comerciais à escala mundial", afirmou.

Para o primeiro-ministro, se é difícil controlar essas dependências quando se trata de recursos naturais, é mais fácil fazê-lo em áreas como a inovação tecnológica e digital.

"A Europa não pode ficar para trás a olhar e a contemplar os avanços dos Estados Unidos e da China porque daqui a algum tempo é também no domínio da inteligência artificial que vamos estar dependentes de outras potências e com dificuldades de gestão quando houver tensões a nível económico, a nível estratégico, a nível geopolítico", afirmou, dizendo já ter feito este alerta no Conselho Europeu.

Por isso, defendeu, "Portugal tem de fazer a sua parte".

"Nós não queremos ficar para trás e é por isso que nós vamos continuar a reforçar o nosso investimento na área digital e o nosso investimento na área da inteligência artificial em particular", assegurou.

As tarifas aduaneiras impostas pelos EUA entram hoje em vigor, tratando-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 05 de abril.

Questionado sobre se a imigração é um tema em que pode haver consensos com a AD, Pedro Nuno Santos reiterou que as "áreas de soberania são áreas em que se deve procurar um consenso" que perdure para lá dos governos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8