PSD quer ultrapassar PS nas conquistas autárquicas.
Os partidos arrancam a todo o gás para as eleições autárquicas que estão marcadas para 12 de outubro. Mas para o PSD e PS esta votação será crucial. Para os sociais-democratas porque são o partido maioritário que sustentam o Governo e esta será a primeira avaliação ao trabalho desenvolvido por Luís Montenegro e o seu segundo Executivo. Já para o PS as autárquicas vão ser um teste à renovada liderança do partido que desde o fim de junho conta com José Luís Carneiro ao leme. Em causa estará também o resultado que obtiveram nas legislativas .
O partido de Montenegro segue sozinho a votos em 149 autarquias e estabeleceu 156 coligações: 114 com o CDS, seis com a IL, 17 entre estes três partidos e 19 que incluem outros partidos.
Já em oito municípios, o PSD decidiu apoiar candidaturas independentes. Destacam-se o apoio a Isaltino Morais, em Oeiras, a Maria das Dores Meira, em Setúbal, ex-presidente do município pela CDU ou a Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro que vai encabeçar a lista do PSD/CDS-PP na Figueira da Foz.
O grande objetivo dos sociais-democratas é recuperar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) o que implica ter maior força autárquica que o PS, que preside mais 35 câmaras.
As principais apostas do PSD recaem nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde a acreditam que podem manter a liderança em municípios, como Lisboa ou Cascais. Já no Porto, Gaia, Sintra ou Amadora querem alcançar vitória, pois estes são municípios independentes ou do PS.
Para os socialistas o objetivo é continuar a ser o principal partido autárquico, visto que têm 149 câmaras, mas há 47 presidentes que estão de saída por limite de mandatos. Para estas eleições o PS vai liderar 13 coligações, apoiar nove movimentos de cidadãos e às restantes câmaras do país vão sozinhos. Outro dos objetivos traçados pelo partido liderado por Carneiro é ganhar algumas capitais de distrito, como, Lisboa que perderam em 2021.
“Ganhar câmaras no País todo”
Nas primeiras eleições autárquicas que concorreu, o Chega apresentou-se em 220 municípios com listas próprias, e elegeu 19 vereadores. Agora, para as segundas autárquicas do partido, a ambição é de apresentar listas nos 308 concelhos do País e com todos os deputados como cabeças de lista para os executivos das assembleias municipais. Para André Ventura, o propósito para estas eleições é de “ganhar câmaras no País todo”. Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, é um dos desataques ao ser candidato em Faro.
Livre quer “travar extrema-direita”
O Livre apresentou até ao momento para as autárquicas 40 candidaturas, a maioria em coligações à esquerda, como por exemplo em Lisboa, no apoio a Alexandra Leitão do PS. Os objetivos eleitorais são “crescer em eleitos” e ajudar “a travar a ascensão da extrema-direita no poder local”. Apresentam listas próprias em 17 municípios e nenhum dos deputados na Assembleia da República será candidato. Nas últimas eleições, Rui Tavares chegou a ser eleito vereador (sem pelouro), em Lisboa.
CDU quer “consolidar e reforçar” autarquias
Nos melhores tempos da CDU, a coligação chegou a liderar, em 1982, 55 municípios. Nas últimas eleições autárquicas venceram em 19 câmaras municipais, o número mais baixo de sempre. A CDU em outubro vai querer, pelo menos, manter este número, mas não terá tarefa fácil porque 11 dos seus 19 presidentes de câmara atingem o limite de mandatos. “Não temos nenhuma quantificação definida. Aquilo que pretendemos é não apenas consolidar as posições que temos, como ampliá-las a outros municípios”, disse Jorge Cordeiro, membro da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central do PCP.
Entre os objetivos está a recuperação de municípios como Loures ou Moita, ambos conquistadas pelo PS, em 2021, mas por margens de diferença muito curtas. Outro dos grandes desafios pela frente será Setúbal, um dos bastiões da CDU. Maria das Dores Meira, ex-autarca do município pela coligação do PCP e PEV, vai avançar com uma candidatura independente com o apoio do PSD e do CDS. Setúbal é atualmente liderado André Martins, que foi vice-presidente da agora candidata.
IL aposta em coligações
A IL quer candidatar-se a 100 municípios nas próximas eleições autárquicas. O dobro de há quatro anos, que tinham avançado em 53 municípios, sete em coligações. Este ano apostam em 28 coligações, apresentando-se ao lado de PSD e CDS nos quatro maiores municípios.
CDS coligado com o PSD na maioria das candidaturas
O partido liderado por Nuno Melo concorre com listas próprias em dezenas de municípios, enquanto avança na restante maioria em coligação com o PSD. Atualmente, os centristas lideram seis câmaras.
BE presente em mais coligações
O BE vai a eleições em vinte coligações à esquerda, o que é um aumento significativo face a 2021, que foram apenas duas: Oeiras e Funchal. Uma das grandes apostas para este ano é na coligação de apoio à candidatura a Lisboa.
PAN: o parceiro de todos os partidos
As listas ainda não estão fechadas, mas nesta altura o PAN tem 16 candidaturas confirmadas, divididas entre coligações e listas próprias. O partido está presente em coligações de pontos opostos do espectro político, desde o CDS-PP ao BE.
JPP avança com tudo na Madeira
O movimento fundado na Madeira e que conquistou um lugar no Parlamento, nas últimas legislativas, vai candidata-se nas autárquicas a 11 municípios. Na Madeira em oito e três no distrito do Porto. O Funchal será o maior desafio.
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