"Os portugueses não podem ser enganados e não se podem deixar enganar", afirmou António Mendonça Mendes.
O PS acusou, este sábado, o Governo de fazer "uma manipulação grosseira das tabelas de retenção da fonte" e "um truque" na descida do IRS em agosto e setembro para "aumentar artificialmente o rendimento dos portugueses" e ter mais votos nas autárquicas.
"Os portugueses não podem ser enganados e não se podem deixar enganar. Aquilo que é a descida de impostos em agosto e em setembro não é a descida de impostos real que os portugueses tiveram. Aquilo a que estamos a assistir é um truque do Governo em duas fases", acusou, em declarações à agência Lusa, o deputado e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS António Mendonça Mendes.
Segundo o socialista, antes das eleições autárquicas de 12 de outubro, o Governo aumentou "artificialmente o rendimento dos portugueses".
"A partir de outubro, os portugueses sentirão que a descida de impostos, afinal, foi pífia e que o seu ordenado é praticamente igual ao que tinham até julho. Mas pior, quando chegarem a abril, perceberão que, na generalidade dos casos, os contribuintes vão passar a pagar IRS", avisou.
Mendonça Mendes considerou que o "Governo está a colocar dinheiro no bolso dos portugueses apenas com um único objetivo que é o de ter mais votos nas eleições autárquicas de 12 de outubro".
"O ministro das Finanças fez uma manipulação grosseira das tabelas de retenção da fonte de agosto e setembro", acusou.
Referindo as simulações das consultoras, o deputado do PS apontou uma "conclusão comum": "os portugueses vão passar a pagar IRS a partir do próximo ano e esta descida de agosto e de setembro é artificial e não corresponde àquela que foi a descida de impostos aprovada na Assembleia da República".
"E nós queremos pedir aos portugueses para não se deixarem enganar e, se contam com reembolsos de IRS no próximo ano no âmbito da sua gestão de tesouraria familiar, que devem olhar para os ordenados de agosto e de setembro com muita cautela porque muito provavelmente poderão ter que pagar imposto em abril e terão que utilizar este dinheiro suplementar de agora para fazer face a despesas que normalmente encaram através do reembolso de IRS de abril", apelou.
Mendonça Mendes referiu-se ainda às declarações desta semana do ministro da Economia, Castro Almeida, na Universidade de Verão do PSD, que se manifestou convicto de que os portugueses continuarão a votar no PSD se "sentirem que têm mais dinheiro no bolso".
"Acho que Castro Almeida disse aos jovens sociais-democratas aquilo que é a estratégia do governo, que é pôr dinheiro no bolso dos portugueses para ganhar votos, mas neste caso em concreto, o dinheiro que estão a pôr no bolso dos portugueses é dinheiro que lhes vai ser retirado dentro de poucos meses", criticou.
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