Paulo Pisco considerou que atacar António Guterres é também "fragilizar o papel das Nações Unidas".
O PS considerou incompreensível que o PSD tenha votado contra um voto de solidariedade ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outro de apoio ao apelo da ONU para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Em declarações esta sexta-feira à Lusa, o coordenador socialista na Comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, o deputado Paulo Pisco, explicou que ambos os votos foram aprovados na quinta-feira na reunião desta comissão pelo PS e BE, mas com votos contra do PSD e do Chega.
"O voto contra do PSD é totalmente incompreensível à luz dos acontecimentos que temos presenciado", afirmou Paulo Pisco, que considerou que atacar António Guterres é também "fragilizar o papel das Nações Unidas".
O voto de solidariedade para com o secretário-geral das Nações Unidas foi apresentado pelo BE no final de outubro e, na parte resolutiva, solidariza-se com António Guterres "repudiando os ataques de que tem sido alvo por parte de Israel", e "sublinha a necessidade de um cessar-fogo na região, de acesso à ajuda humanitária e de condenação dos crimes de guerra".
O voto insta ainda Israel "a não barrar a entrada de representantes e funcionários da ONU e a não vedar o seu acesso a Gaza e à Cisjordânia".
O segundo voto, subscrito por deputados do PS e BE e também entregue no final de outubro, expressa solidariedade com o apelo da ONU para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e condena "de forma absoluta e inequívoca os ataques terroristas levados a cabo pelo Hamas em Israel no passado dia 07 de outubro".
No texto, reafirma-se que "os atos do Hamas não justificam uma resposta assente na punição coletiva do povo palestiniano por parte de Israel" e condena-se "o uso desproporcionado da força levado a cabo por Israel na Faixa de Gaza", subscrevendo o apelo de António Guterres para a negociação de um cessar-fogo imediato e afirmando a necessidade de "uma solução política que garanta a existência de dois estados".
"É inegável que existe um enorme drama humanitário muito grande a exigir uma resposta muito urgente", salientou Paulo Pisco, dizendo que "foi uma grande surpresa" a posição do PSD contra estes dois votos.
Para o deputado do PS, "votar contra manifesta uma enorme insensibilidade, uma enorme indiferença em relação ao papel das Nações Unidas" em áreas como a segurança, pobreza, refugiados ou democracia.
"Atacar o secretário-geral das Nações Unidas não é só atacar a pessoa de António Guterres, é atacar todo o sistema das Nações Unidas, é fragilizar o seu papel insubstituível em todo o globo, é totalmente incompreensível", criticou, considerando que Guterres "tem-se pautado sempre por valor humanistas, de resolução de conflitos e de dar resposta a dramas humanitários".
O PS não levará estes votos em plenário, uma vez que já foram aprovados em comissão, mas reitera que "a única surpresa" foi o voto contra do PSD, partido que disse não ter dado "grandes explicações" na reunião para o justificar.
A Lusa tentou contactar o coordenador do PSD na Comissão de Negócios Estrangeiros, Tiago Moreira de Sá, até agora sem sucesso.
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