Equipa de obstetrícia do Hospital do Barreiro vai ser mobilizada, por despacho, para garantir as escalas na urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
O PS criticou esta sexta-feira a intenção do Governo de encerrar as urgências de obstetrícia em Setúbal e no Barreiro e acusou a maioria PSD/CDS-PP de prejudicar gravemente a prestação de cuidados de saúde no distrito de Setúbal.
"Os deputados, autarcas, dirigentes e candidatos a autarcas do PS no distrito nada têm contra o robustecimento da urgência de obstetrícia do Hospital Garcia de Orta (...), mas não aceitam, nem podem aceitar, que a criação desta urgência regional implique o encerramento das urgências de obstetrícia e ginecologia existentes", lê-se num comunicado dos socialistas de Setúbal.
A posição do PS de Setúbal surge na sequência da notícia avançada quinta-feira pelo jornal Expresso, segundo a qual a equipa de obstetrícia do Hospital do Barreiro vai ser mobilizada, por despacho, para garantir as escalas na urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
O PS de Setúbal lembra que "na audição parlamentar na comissão de saúde, na passada quarta-feira, a ministra da Saúde tornou pública a decisão do Governo do PSD e do CDS, de criar, no curto prazo, uma urgência regional de obstetrícia, a funcionar no âmbito do Hospital Garcia de Horta, em Almada".
"Nessa mesma audição, ficou claro que a intenção do Governo seria concentrar todas as urgências de obstetrícia e ginecologia do distrito de Setúbal nesta nova resposta, o que levará ao encerramento dessas urgências no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e a que, no Hospital de Setúbal, as mesmas funcionem apenas em situação de contingência (ou seja, recebendo apenas utentes referenciadas pelo CODU e pela Linha SNS24)", sublinha a nota de imprensa do PS.
"É preciso não esquecer que o distrito de Setúbal é o terceiro distrito mais populoso do país, incluindo concelhos com forte crescimento populacional, particularmente de jovens casais, em idade fértil", salientam ainda os responsáveis do PS, lembrando que os investimentos previstos para a região, designadamente a terceira travessia do Tejo e o novo aeroporto, fazem antever um novo aumento populacional que deveria implicar "um reforço, e não uma contração, das respostas e das infraestruturas públicas".
Por outro lado, os socialistas de Setúbal lembram que dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) "apontam para o aumento da taxa de mortalidade infantil na península de Setúbal, o que torna ainda mais inexplicável que se pretenda diminuir (...) e não reforçar, a prestação de cuidados de saúde materno-infantil".
Salientam ainda que a natureza do território do distrito, com concelhos e freguesias muito distantes de Almada, inviabiliza a prestação de cuidados de saúde adequados às grávidas dos quatro concelhos do Litoral Alentejano, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.
Assim, o PS de Setúbal manifesta a sua "mais profunda oposição e repúdio à decisão do Governo, do PSD e do CDS, de encerrar urgências de obstetrícia e ginecologia no (...) distrito" e exige "que esta intenção anunciada seja travada e que se mantenham e reforcem os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia atualmente em funcionamento".
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