O líder socialista também criticou o presidente do Chega por ter estado "10 dias sem qualquer tipo de reação".
O secretário-geral socialista disse esta terça-feira que o partido vai votar contra os pedidos do Chega e PCP para debater no parlamento a coordenação do combate aos incêndios, com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna.
"O PS é contra a chicana política, numa altura em que se está a combater os incêndios que põem em causa a vida das pessoas e o seu património", justificou José Luís Carneiro.
O líder socialista, que falava aos jornalistas na cidade da Horta, na ilha do Faial, Açores, no final de uma visita às instalações locais da RTP/Açores também criticou o presidente do Chega por ter estado "10 dias sem qualquer tipo de reação".
Na segunda-feira, fonte do gabinete do presidente da Assembleia da República disse que a conferência de líderes parlamentares vai reunir-se na quarta-feira para discutir o pedido do Chega para um debate de urgência sobre a coordenação do combate aos incêndios com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna.
Esta terça-feira, o Grupo Parlamentar do PCP requereu uma reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia da República com a presença do primeiro-ministro para debater os incêndios que têm estado a afetar o país.
José Luís Carneiro disse que, na conferência de líderes, o PS irá votar contra os pedidos.
"É um voto contra. Quando somos contra, temos que ser consequentes, que é um voto contra a tentativa de um aproveitamento, do meu ponto de vista indevido, num momento especialmente crítico", justificou.
Acrescentou que haverá uma altura para avaliar o que "correu bem e o que correu menos bem" e que o PS já apresentou "propostas alternativas de como se poderia fazer bem".
Para o PS "é incompreensível que alguém que esteve 10 dias sem aparecer tenha agora vindo descobrir que era preciso um debate, sobre a forma como se está a fazer [o combate], porque do debate nada resultará que possa melhorar a resposta aos incêndios", disse, referindo-se ao líder do Chega.
"Do meu ponto de vista, esta proposta de um partido que está à extrema-direita no parlamento, tem em vista ultrapassar 10 dias em que estava desaparecido. Aliás, não se compreende o desaparecimento de um partido que aparecia sempre a pedir contas aos governos anteriores e tenha estado 10 dias sem qualquer tipo de reação e até, também, é surpreendente que tenha vindo pedir contas à ministra da Administração Interna e não as tenha pedido ao primeiro-ministro", declarou José Luís Carneiro.
Questionado sobre se a posição do PS é tomada por as propostas terem sido do PCP e do Chega, respondeu: "Entendemos que é uma utilização indevida [...] nós não faremos ao doutor Luís Montenegro, nem diremos do doutor Luís Montenegro, aquilo que o doutor Luís Montenegro disse do doutor António Costa e disse do Partido Socialista quando estava no Governo, a propósito dos incêndios".
José Luís Carneiro reafirmou que o primeiro-ministro deve conduzir politicamente o combate aos incêndios, "no sentido de dar orientações", por isso, propôs a convocação da Comissão Nacional de Proteção Civil.
Considera ainda importante saber "porque é que o ministro da Agricultura e das Florestas até agora ainda não falou".
"Também se espera que o ministro da Agricultura venha, pelo menos, dar uma palavra aos agricultores, aos produtores florestais, às empresas que vivem dessas atividades, o que é que o Governo pretende fazer para apoiar, nomeadamente a reposição da produção agroflorestal", concluiu.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
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