Inês de Medeiros lamentou que a saúde tenha ficado "estranhamente ausente" do discurso do primeiro-ministro.
O PS considerou esta quinta-feira que o primeiro-ministro fez uma mensagem de Natal em tom "de autoajuda, com discursos motivacionais", e lamentou que não tenha falado sobre saúde, habitação ou juventude.
Numa declaração na sede nacional do PS, em Lisboa, a dirigente socialista Inês de Medeiros criticou "a atitude" com que Luís Montenegro fez a sua mensagem de Natal, ironizando que o primeiro-ministro "agora decidiu ser uma espécie de mentor de autoajuda com discursos motivacionais".
"Não foi para isso que ele foi eleito. Ele foi eleito para decidir, governar e criar estratégias a curto, médio e longo prazo para resolver os problemas que efetivamente afetam os portugueses e para acalmar aquelas que são muitas vezes as nossas angústias coletivas com o futuro", afirmou.
Inês de Medeiros, também presidente da Câmara Municipal de Almada, defendeu que "não basta proclamar grandes chavões de motivação", mas importa sim "saber criar riqueza, saber decidir e, sobretudo, importa ser claro que se pretende" para Portugal.
"Falta, por isso, a capacidade reformista que se apregoa e não se revela", defendeu.
A dirigente do PS lamentou que a saúde tenha ficado "estranhamente ausente" do discurso do primeiro-ministro, frisando que Luís Montenegro prometeu que teria, em 60 dias, "uma reforma substancial" no setor, mas "mais de 600 dias depois", ainda não se sabe "qual a estratégia e visão [do Governo] para o SNS".
"Outra ausência grande foi o tema da habitação e, em contrapartida, temos assistido a medidas injustas e ineficazes que, na realidade, o que fazem é continuar a promover a especulação imobiliária, beneficiar aqueles que mais têm e prejudicar os que menos têm, nomeadamente os jovens", criticou, considerando a habitação é precisamente um dos setores que contraria a tese do primeiro-ministro de que, se o país não melhora, é porque "os portugueses não estão suficientemente motivado".
"Não, os portugueses estão sempre motivados, quem parece não estar suficientemente motivado para resolver o problema da habitação é mesmo o Governo", criticou.
A dirigente do PS criticou ainda o primeiro-ministro por não ter dito "nem uma palavra em relação aos jovens", acusando o executivo, de "perante a sangria [para o estrangeiro] da geração mais qualificada de sempre", em vez de "ter medidas para atrair jovens", apresenta um pacote laboral que "tem como resultado óbvio aumentar a precariedade".
Por sua vez, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, em declarações nas televisões, considerou que Luís Montenegro "deixou de fora a verdadeira realidade do país" na sua mensagem de Natal, defendendo que, em vez de falar nas expectativas que tem em relação aos portugueses, deveria ter em consideração "o esforço de todas as famílias para superar as dificuldades económicas que têm diariamente".
O primeiro-ministro defendeu que Portugal vive um momento de viragem em que tem de trocar a "mentalidade do deixa andar" pela da superação, apontando o futebolista Cristiano Ronaldo como exemplo do espírito de afirmação pela excelência.
Na sua segunda mensagem de Natal enquanto chefe do executivo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro manifestou a convicção de que não haverá legislativas antecipadas até 2029 e apelou a que, até ao final da legislatura, todos se concentrem no interesse do país.
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