PS e Iniciativa Liberal defenderam outra via para apurar o que falhou.
PSD, Chega e CDS manifestaram-se, esta quinta-feira, contra a proposta do Livre de abrir um inquérito parlamentar sobre as causas do apagão de 28 de abril, PS e Iniciativa Liberal defenderam outra via para apurar o que falhou.
A proposta do Livre de criação de uma comissão parlamentar de Inquérito à preparação, prontidão e planeamento de crises e emergências de larga escala na sequência do apagão energético de 28 de abril, esta quinta-feira, debatida em plenário, deverá ser chumbada na sexta-feira.
Esta iniciativa do Livre terá os votos contra do PSD, Chega e CDS, e a abstenção, pelo menos, do PS e do PAN, com a Iniciativa Liberal também a demarcar-se da opção pelo inquérito parlamentar.
Na abertura do debate em plenário, o deputado do Livre Jorge Pinto referiu que Portugal teve o maior apagão energético da sua história, com perdas económicas que poderão ter atingido os mil milhões de euros.
Jorge Pinto procurou assegurar que o Livre não pretende apontar culpados, mas, antes, perceber o que correu mal para que não volte a acontecer e para que o país esteja melhor preparado para responder a eventos extremos, acidentes naturais, ou, por exemplo, ataques terroristas.
O deputado do Livre assinalou mesmo que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, durante o apagão, não conseguiu contactar com os grupos parlamentares.
A posição do Livre mereceu o apoio do deputado do JPP, Filipe Sousa, enquanto o PCP, por Alfredo Maia, e Mariana Mortágua, pelo Bloco de Esquerda, associaram o que aconteceu à fraqueza do poder público e ao peso do privado no setor energético. Alfredo Maia falou mesmo numa "capitulação" do poder político perante os interesses dos privados.
Na resposta, pelo PSD, o deputado Paulo Moniz -- tal como o líder parlamentar do CDS, Paulo Núncio - classificou como "extemporânea" a proposta do Livre e adiantou que a ministra do Ambiente apresentará medidas de fundo no dia 28 de julho.
Medidas que Paulo Moniz disse visarem reforçar a capacidade autónoma de Portugal em termos de restabelecimento de energia elétrica, mas também caminhar para uma melhoria das interligações internacionais, aumentar a resiliência ao nível de pontos críticos, promover uma maior cultura de proteção civil e aperfeiçoar soluções de deteção de perturbações por inteligência artificial.
O PS, por intermédio do deputado Pedro Vaz, demarcou-se da ideia de constituição de um inquérito parlamentar e frisou que avançará com a constituição de um grupo de trabalho sobre as causas do apagão no âmbito da comissão de ambiente.
Pedro Vaz acusou ainda o Governo de usar uma estratégia de "opacidade" por não responder a perguntas formalmente colocadas pela bancada socialista -- ideia rejeitada pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.
Pela parte da Iniciativa Liberal, o deputado Jorge Teixeira considerou grave o que aconteceu no apagão, sobretudo por ter atingido o SIRESP, hospitais e o sistema de telecomunicações, mas considerou que, em primeiro lugar, o debate deve ocorrer em sede de comissões parlamentares.
"Se não houver esclarecimentos, então admitimos uma comissão de inquérito", disse.
Pedro Frazão e Rita Matias, deputados do Chega, manifestaram-se em oposição total à iniciativa do Livre, considerando que tem como objetivo "branquear as responsabilidades do PS" em matéria de política energética.
Tal como diria também Pedro Frazão, Rita Matias acusou os governos socialistas de ser terem "vergado" aos interesses de Bruxelas e disse que "quem se ajoelha à energia verde acaba às escuras".
Pedro Frazão ligou mesmo o Livre aos "terroristas climáticos" e classificou a proposta de inquérito parlamentar "como uma farsa", num país que "se ajoelhou" perante os dogmas climáticos. Antes, Mariana Mortágua tinha alertado contra o discurso do "lobby" do nuclear e do fóssil.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.