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Pureza quer "solução que dê força" ao Bloco de Esquerda mas rejeita precipitações

Antigo vice-presidente do parlamento realçou que "um partido democrático não só comporta visões diferentes como se fortalece a partir dessas diferenças".

25 de outubro de 2025 às 18:42

O dirigente do BE e ex-deputado José Manuel Pureza manifestou-se este sábado confiante de que será possível encontrar uma solução que "dê força" ao partido na próxima convenção mas rejeitou "cenários precipitados".

À agência Lusa, depois de a RTP ter noticiado que o seu nome está entre as hipóteses para a coordenação do partido após a saída de Mariana Mortágua, o antigo vice-presidente do parlamento realçou que "um partido democrático não só comporta visões diferentes como se fortalece a partir dessas diferenças".

"No Bloco, cada moção apresentará à Convenção Nacional a sua proposta de orientação política e a sua solução de direção. Há, na moção que subscrevo, várias pessoas com grande capacidade para coordenar o Bloco", afirmou.

Pureza subscreve a moção 'A', até agora encabeçada pela coordenadora Mariana Mortágua, que anunciou hoje que não está disponível para continuar a coordenar o partido.

O antigo deputado salienta que "essa discussão foi agora apenas iniciada".

"Estou empenhado nela exatamente da mesma forma que todos os meus camaradas. Nem mais nem menos. Estou certo de que saberemos encontrar na próxima Convenção do Bloco uma solução que dê força ao Bloco. Até lá, todos os cenários são precipitados", remata na nota.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, anunciou hoje que não irá recandidatar-se à liderança do partido, considerando que a direção por si encabeçada foi incapaz de "gerar um novo impulso político e eleitoral".

"Face a este balanço, e agora que termino o mandato que me foi conferido na última Convenção, comunico-vos que decidi não me candidatar a um novo mandato de coordenadora do Bloco de Esquerda", lê-se numa carta enviada aos militantes e à qual a Lusa teve acesso.

Nesta missiva, Mariana Mortágua recorda que quando foi eleita coordenadora, há apenas dois anos e meio, "conhecia as difíceis condições políticas da esquerda e do partido".

"Depois do colapso da maioria absoluta do PS e com o reforço da direita e da extrema-direita era preciso encontrar outros caminhos. Considero que esse objetivo não foi cumprido. Não apenas porque continuou a redução do espaço eleitoral do Bloco, mas também porque a renovação que então fizemos não se revelou suficiente para relançar a nossa intervenção social", defende.

Mariana Mortágua, 39 anos, economista, foi eleita coordenadora nacional do BE em maio de 2023, na última convenção nacional do partido, sucedendo a Catarina Martins, atual candidata à Presidência da República apoiada pelo seu partido.

A próxima Convenção Nacional do BE está agendada para dia 29 e 30 de novembro.

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