Paulo Raimundo apelou aos eleitores de Mora, que em 2021 deram a vitória aos socialistas, para votarem desta vez na coligação.
O secretário-geral do PCP acusou este sábado o PS de se ter especializado em inaugurar obras do anterior executivo CDU, apelando aos eleitores de Mora que em 2021 deram a vitória aos socialistas para votarem desta vez na coligação.
Paulo Raimundo esteve esta tarde numa iniciativa de campanha em Mora, tradicional 'bastião' comunista que, entre 1975 e 2021, foi sempre governado por uma coligação liderada pelo PCP, até o PS conquistar a câmara nas últimas eleições autárquicas.
Num discurso perante algumas dezenas de pessoas, Paulo Raimundo frisou que as eleições autárquicas são no dia 12 de outubro, mas, se dependesse da CDU, podiam ser "já amanhã".
"Tanta é a ansiedade e a vontade que temos de travar este percurso que está a pôr este concelho para trás, de travar este marasmo a que o PS votou esta população, de travar a maior especialidade do PS nestes quatro anos, que é inaugurar a obra que nós deixámos em andamento", acusou.
O secretário-geral do PCP defendeu que há duas ideias que caracterizam os quatro anos de mandato do PS em Mora, começando por destacar "a enorme desilusão de quem se deixou iludir pela conversa, pelo canto da sereia, por aquilo que ia tudo acontecer e, depois, nada aconteceu".
"E a segunda é a ideia de paragem. A este povo, este concelho, estas populações, já não basta aquilo que é a grande ofensiva das políticas governamentais que atacam estas terras, estas vidas... Já não basta isso, ainda acrescentam mais: uma paragem na vida do concelho", criticou.
Paulo Raimundo frisou que o projeto da CDU para o concelho é para "pôr Mora novamente no caminho certo: no caminho do avanço, no caminho das soluções e no caminho das populações".
Dirigindo-se às pessoas que o ouviam numa das praças da vila, Paulo Raimundo pediu-lhes que peguem na "vontade de retomar o caminho do trabalho que foi interrompido" e na "boa ansiedade" que sentem, para apelar ao voto dos eleitores, incluindo de quem optou por votar noutras forças políticas em eleições anteriores.
"Mesmo aqueles que por esta ou aquela razão votaram na chamada mudança que o PS queria impor, sabem que é aqui que está a força, a coerência, porque sabem e conhecem esta gente, sabem que é gente séria, honesta, que a única coisa que motiva é servir a população e nunca se servir da população", referiu.
Por sua vez, o candidato da CDU à Câmara Municipal de Mora, Luís Simão -- que presidiu à autarquia entre 2013 e 2021 -- assumiu como objetivo não só reconquistar a Câmara Municipal, mas também ficar em primeiro lugar em todas as freguesias.
O candidato frisou que, nos 45 anos em que os comunistas lideraram a autarquia, houve, "em todos os mandatos, obra em todo o lado", mas, "passaram 45 anos e, ao 46, isto correu mal".
"E correu mal porque, de facto, perdemos a câmara. Isto era impensável aqui há uns anos, mas aconteceu e, já que aconteceu, permitam-me que diga, foram os quatro anos piores do poder local democrático no nosso concelho e hoje praticamente toda a gente da população reconhece isto", disse.
Luís Simão afirmou que, nos quatro anos de governação do PS em Mora, se instalou um "marasmo na gestão municipal", os recursos humanos foram geridos de "forma desastrosa" e a "atividade operária reduziu completamente".
Em contraponto, o candidato da CDU disse que tenciona "continuar a construir um concelho diferente, diferenciado, como sempre foi", deixando a garantia de que, nos próximos quatro anos, a autarquia irá ter terrenos onde os jovens "possam construir a preços controlados".
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