Segundo o antigo presidente da Assembleia da República, essa lógica não usa uma "política de qualificação dos funcionários públicos".
O antigo presidente do parlamento Augusto Santos Silva classificou esta segunda-feira a abstenção do PS no Orçamento do Estado como "a maior maldade" que o partido fará ao executivo, que terá de governar e não continuar como "uma mera comissão eleitoral".
Santos Silva participou esta segunda-feira num painel das jornadas parlamentares do PS, que decorrem em Penafiel, acusando o Governo de Luís Montenegro de ter "um especialista em degradar os serviços públicos" e olhar apenas para "segmentos dos funcionários públicos que eleitoralmente lhes escapavam", usando o excedente orçamental para os conquistar.
"A maior maldade que o Grupo Parlamentar do PS vai fazer ao atual Governo, maldade que o atual Governo merece, é mesmo abster-se no orçamento, impedindo-os de continuar a serem uma mera comissão eleitoral, rapando o fundo do tacho que receberam bem recheado do ministro das Finanças Fernando Medina e dos seus predecessores", disse.
Segundo o antigo presidente da Assembleia da República, essa lógica "pode contentar mais ou menos circunstancialmente vozes mais reivindicativas", mas não usa uma "política de qualificação dos funcionários públicos" para "conseguir aumentar a eficiência dos serviços públicos e a qualidade dos serviços que eles prestam às populações".
"Ora, os socialistas são os primeiros a perceber que o fim último da sua atividade é mesmo a população em geral, os cidadãos em geral, e tudo o resto é instrumental", apontou.
No final da sua intervenção, questionado pelos jornalistas sobre esta sua posição, Santos Silva defendeu que os governos de Luís Montenegro "têm-se especializado" não em ser executivos, "mas sim comissões eleitorais, sempre a preparar a eleição seguinte"
"A viabilização do Orçamento de Estado impede que haja eleições antecipadas mais uma vez e é uma chamada de atenção ao Governo para que o Governo governe. Terá o instrumento orçamental aprovado na Assembleia da República com os seus votos e a abstenção do PS e, portanto, não tem nenhuma justificação para não governar", enfatizou.
Na reta final da sua intervenção, Santos Silva quis citar Mao Tsé-Tung e defendeu a ideia de que "contar com as próprias forças e ser atacado pelo inimigo não é uma coisa má, é uma coisa boa".
"E já agora atacar o inimigo. O inimigo neste caso é o marasmo e é a tentativa de converter a governação do país num exercício de puro eleitoralismo", enfatizou.
Para o socialista, "contar com as próprias forças é com os recursos, com as autarquias e com esse grande partido popular e nacional que é o PS".
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