Francisco Tavares defendeu que os centristas têm a responsabilidade de não o "ferir de morte".
O secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares, alertou este sábado, no 29.º Congresso, que esta poderá ser a "última vida" do partido e defendeu que os centristas têm a responsabilidade de não o "ferir de morte".
"Todos temos uma grande responsabilidade de unir o partido e garantir que não voltamos a ferir-nos de morte", defendeu Francisco Tavares, que subiu ao palco do congresso para apresentar o relatório de atividades da secretaria-geral.
E avisou que "esta poderá ser a última vida" do CDS-PP.
Na intervenção, que segundo o dirigente foi a uma única vez que conta dirigir-se aos congressistas, o secretário-geral disse estar orgulhoso do trabalho do presidente Francisco Rodrigues dos Santos, que apresentou a demissão na sequência do resultado nas eleições legislativas de janeiro, o pior da história do CDS-PP.
Apesar de o líder cessante ainda não estar na sala, Tavares dirigiu-se-lhe, deixando um "até já" e mostrou-se convicto de que Rodrigues dos Santos terá pela frente um caminho de sucesso.
E lamentou que a pandemia tenha sido "o primeiro fator" que impediu o presidente do CDS-PP (desde 2020) a fazer da rua o seu escritório, como tinha prometido no congresso no qual foi eleito, destacando ainda assim os resultados eleitorais nas regionais dos Açores e autárquicas.
Na sua intervenção, o secretário-geral apresentou as contas do partido afirmou que a subvenção nacional "sofreu uma brutal redução" após as eleições legislativas de 2019, quando o grupo parlamentar desceu de 18 para cinco deputados, passando de "112 mil euros" para "cerca de 53 mil euros".
Quanto às eleições autárquicas, estimou um "resultado extremamente positivo" em termos das contas e apontou como dificuldade "controlar os gastos das concelhias".
Já as legislativas, disse que os resultados financeiros preliminares apontam para um "prejuízo inferior a menos de metade" face a 2019, sob a liderança de Assunção Cristas.
Francisco Tavares afirmou que o CDS-PP teve "70 mil euros em donativos" mas não recorreu a "um único cêntimo de financiamento bancário" e que "todos os custos passaram a ser passivo partido".
No que toca ao passivo, foi "largamente diminuído neste segundo ano" de mandato (2021).
Quanto ao congresso, o secretário-geral indicou que poderá ser "o mais barato da história do CDS e que se pague a si próprio".
Após a intervenção do secretário-geral, o presidente da mesa suspendeu os trabalhos até às 12:15, hora a que está prevista a intervenção do presidente cessante, Francisco Rodrigues dos Santos.
Após o discurso do líder, segue-se a apresentação das 10 moções de estratégia global.
O 29.º Congresso do CDS-PP reúne-se até domingo em Guimarães (distrito de Braga) para eleger o próximo presidente do partido.
Esta reunião magna acontece dois meses depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o CDS-PP teve o pior resultado de sempre (1,6%) e perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República.
O atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, que tinha sido eleito em janeiro de 2020, demitiu-se na noite eleitoral depois de conhecidos os resultados.
São quatro os candidatos assumidos na corrida à liderança: Nuno Melo (eurodeputado e líder da distrital de Braga), Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva (ambos vogais da Comissão Política Nacional) e o militante e ex-dirigente concelhio Bruno Filipe Costa.
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