Líder sindical aconselha o Governo a “parar, escutar e refletir” sobre a proposta de alteração ao pacote laboral.
“A melhor coisa que poderia acontecer para a UGT não avançar para a greve é que todos refletíssemos, se não era o momento, agora, de parar”, afirmou o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, em entrevista à Antena 1 e ao ‘Negócios’, admitindo a possibilidade de avançar para dois dias de greve geral. O líder da central sindical aconselhou o Governo a “parar, escutar e refletir”, para ver onde é possível chegar de “parte a parte” e indicou que se a proposta de alteração à lei laboral for retirada, pode levar à desistência da greve geral marcada para 11 de dezembro, marcada pela CGTP, a que se juntou a UGT.
Caso o Executivo apresente “uma folha” igual à entregue recentemente “temos que pensar é marcar dois dias de greve, em vez de ser só um”, disse Mário Mourão, justificando que em cinco meses não foi possível “produzir um documento que contemplasse as várias propostas. Acha que num mês, menos de um mês vamos conseguir isso? Tenho muitas dúvidas”.
“O Governo encostou a UGT à parede”, considerou Mourão, na sequência de ter revelado que na última reunião da Concertação Social percebeu que o Executivo se preparava para levar a proposta, tal como estava, à Assembleia da República. O líder da UGT lamentou também que, ao contrário daquilo que a ministra do Trabalho disse no início das negociações, tenha definido linhas vermelhas. Apontou ainda que se a negociação tivesse sido feita diretamente entre patrões e sindicatos, provavelmente haveria já um acordo. Na semana passada foi avançado pelo ‘Público’ que Governo, em tentativa de aproximação à UGT, recuou em algumas matérias presentes no anteprojeto para a reforma da lei laboral (ver infografia).
O candidato presidencial António Filipe disse, este domingo, que caso a lei laboral lhe chegasse às mãos na posse de chefe de Estado, levaria a proposta do Governo ao Tribunal Constitucional. “É uma ofensiva em grande escala contra os direitos dos trabalhadores e daí que eu compreenda perfeitamente a necessidade que os trabalhadores sentem de recorrer a formas de luta mais drásticas, como o direito à greve ou como a greve geral”, acrescentou o candidato apoiado pelo PCP.
Médicos associam-se à greve geral
Foi, este domingo, aprovado por unanimidade no 14.º Congresso da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) uma moção de adesão à greve geral de 11 de dezembro, convocada contra o pacote laboral do Governo. A presidente da Fnam apelou à participação dos médicos, afirmando que “a defesa dos direitos laborais é inseparável da defesa da profissão médica e do SNS”. Joana Bordalo defendeu ainda que o pacote laboral “vai também fragilizar os médicos, vai criar vínculos mais precários, desregular horários, aumentar o desgaste de quem já está no limite.
Cotrim pede boa-fé a todos
O candidato presidencial considerou que é preciso “boa-fé” das partes envolvidas na negociação da lei laboral. “É absolutamente essencial que Portugal mantenha a hipótese de beneficiar com as mudanças que aí vêm”, defendeu Cotrim.
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