"Vamos voltar a propor, a todos, todos sem exceção, Iniciativa Liberal, CDS-PP e PSD, que possamos pelo menos ter uma plataforma de convergência", declarou André Ventura.
O presidente do Chega anunciou esta segunda-feira que vai entrar em contacto com PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal para construir "uma plataforma de convergência" à direita, que se apresente como alternativa ao Governo de António Costa.
"Vamos voltar a propor, a todos, todos sem exceção, Iniciativa Liberal, CDS-PP e PSD, que possamos pelo menos ter uma plataforma de convergência, uma plataforma de conversa, para apresentar ao senhor Presidente da República, caso isso seja necessário, uma alternativa de Governo, que eu acho que é momento e altura de começarmos a construir", declarou André Ventura, à saída de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém.
Ventura disse ter sido "muito direto" e "muito frontal" com Marcelo Rebelo de Sousa neste encontro, no qual foi discutida a situação política atual da direita portuguesa.
Mesmo com "o desgaste do Governo", apontou, é hoje "evidente que a direita está numa posição difícil do ponto de vista de criar consensos e de criar pontes para ser uma alternativa de Governo".
"O Chega vai voltar a tentar conversar com toda a direita, com estes três partidos, com a IL, com o CDS-PP e com o PSD, vamos procurar marcar uma grande conferência à direita", avançou, sem adiantar pormenores sobre contactos já efetuados.
Para Ventura, "se a direita não conseguir apresentar uma alternativa de Governo credível, sólida, com menos impostos, com mais ajudas às pessoas, com o apoio às forças de segurança, com o apoio aqueles que trabalham" então está "a falhar" na sua missão.
"O Chega cresce, a IL cresce, mas não crescem à custa de quem deviam crescer, que era da abstenção, do centro e da esquerda. Estamos a transferir votos entre partidos de direita e isso é o pior que nos pode acontecer", apontou.
Para o líder do Chega, os partidos à direita têm a responsabilidade de oferecer uma alternativa.
"Precisamos de sentar-nos e conversar, caso contrário, António Costa fica-se a rir de nós, o PS não tem perspetivas de sair do Governo e Marcelo Rebelo de Sousa, e bem, perguntar-se-á, se um dia, depois das autárquicas, tiver que enfrentar uma crise politica ou uma fragilização politica, que direita há para oferecer uma alternativa", sustentou.
Quanto à retoma económica, Ventura disse ter "deixado claro" ao Presidente da República que "tem de exercer a sua magistratura de influência junto do Governo" para que os fundos europeus, mas também os recursos nacionais, "não continuem a ser unicamente direcionados para instituições públicas, mas que tenham uma forte canalização para economia".
Já sobre a negociação do Orçamento do Estado para 2022, o deputado adiantou que o Chega "não estará disponível para nenhuma apreciação ou para nenhuma validação do OE que não apoie diretamente" os setores mais fragilizados da economia.
Questionado sobre a abertura da sociedade em contexto de pandemia e em vésperas de uma nova reunião entre especialistas e políticos no Infarmed, Ventura defendeu uma reabertura da sociedade, ainda que com alguns cuidados e sem "loucuras".
"Mas acho que é tempo de darmos um sinal à sociedade e acho que em termos de restrições de horários, e em termos de reabertura de alguns setores acho que podemos dar esse sinal", rematou.
Sem querer falar pelo chefe de Estado português, Ventura disse ter ficado "com a sensação" de que o Presidente "também entende que é momento de dar um sinal de reabertura ao país".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, começou hoje a receber os partidos políticos com assento parlamentar em encontros que se estendem até quarta-feira.
Os primeiros partidos a serem recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa são a Iniciativa Liberal, Chega (CH), e Partido Ecologista "Os Verdes" e PAN.
Na terça-feira, o chefe de Estado recebe as delegações do CDS-PP, PCP e BE, e na quarta-feira encerra com o PSD e o PS.
O Presidente da República já tinha anunciado, a meio deste mês, que iria receber os partidos políticos até ao final de julho, início de agosto -- algo que não acontecia desde maio.
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