Líder do Chega considera ainda que o partido tem de ser capaz de mostrar que tem "pessoas com capacidade".
O presidente do Chega, André Ventura, garantiu esta segunda-feira que o partido não se vai "vender" a PS ou PSD com alianças a nível local e considerou que os autarcas têm de mostrar que o Chega "está pronto" para governar.
"Em mais de 90% dos maiores concelhos do país, o Chega terá um papel predominante agora na sua gestão. O que é que vamos fazer com esse poder? Vender-nos ao PSD? Não podemos. Vender-nos ao PS? Não podemos. Vender-nos ao sistema? Não podemos, e esta é agora a nossa força e é aquilo que temos de fazer, mostrar às pessoas que é possível gerir uma câmara municipal, tomar decisões autárquicas sem ceder aos interesses destes partidos, mostrar que conseguimos fazer a limpeza ficando limpos", afirmou.
O líder do Chega considerou que o partido tem de ser capaz de mostrar que tem "pessoas com capacidade" e disse mesmo que "nada será mais importante que isto nos próximos anos, porque um partido também se faz da sua massa de gente, dos seus autarcas e também da sua massa crítica, e os autárquicos são a grande massa crítica dos partidos".
"Eu acho que os nossos autarcas têm agora uma missão fundamental, aqueles que são os líderes na assembleia municipal, nas câmaras municipais, nas freguesias... O Chega tem agora uma missão fundamental, mostrar ao país que está pronto", afirmou.
André Ventura discursava na esplanada de um restaurante junto ao parque da cidade de Loures (distrito de Lisboa), perante algumas dezenas de autarcas eleitos pelo Chega neste município e em Odivelas.
"Nós temos que ser capazes de ganhar a confiança de que vamos transformar o país realmente. E isso cabe-nos a nós e cabe às autarcas deste partido fazer", sustentou.
Ventura considerou que os seus autarcas "têm uma responsabilidade acrescida" de "conseguir governar sem corrupção".
"É conseguir governar ou olhar para as pessoas sem se preocupar com os seus círculos de interesses pessoais, empresariais, etc. Mas também mostrar que pela primeira vez conseguimos cortar onde é preciso cortar", defendeu.
E deixou um aviso: "Temos que fazer essa diferença. As pessoas não nos perdoarão se agora fizermos a mesma coisa que os outros fizeram durante 50 anos".
"Esta limpeza de que falamos há anos tem de começar nas autarquias e o vosso trabalho agora é levar a cabo esta limpeza, mesmo que isso implique com o vosso vizinho, mesmo que isso implique com o vosso amigo", sustentou, pedindo "tolerância zero".
André Ventura indicou também que espera que "em breve" o Chega faça "um grande encontro de autarcas".
O líder do Chega reconheceu que o resultado do partido nas últimas eleições autárquicas não foi o desejado, mas considerou que ainda assim foi "um grande resultado" e que "o Chega foi de longe o partido que mais cresceu nestas eleições autárquicas".
Antes, Bruno Nunes, deputado e vereador reeleito na Câmara de Loures, também deixou uma mensagem aos autarcas eleitos: "Firmes até ao fim, ninguém se vende".
"Somos o líder da oposição, e é como líder da oposição nos municípios que nos vamos manter. Da nossa parte não há acordo, da nossa parte não há nada para negociar, só queremos enfrentá-los dentro das assembleias municipais e da assembleia freguesia, fiscalizar, fiscalizar, fiscalizar, como o presidente costuma dizer, trabalhar, trabalhar, trabalhar. Ninguém cai, ninguém fica para trás, ninguém se vende, ficaremos todos até ao final a defender as cores que nos elegeram e respeitando o voto popular que nos foi atribuído", salientou.
O dirigente reconheceu que o resultado do partido neste município e em Odivelas nas autárquicas "não era o presente" que os candidatos queriam dar, pois o objetivo era vencer, e manifestou esperança de que tal seja possível nas próximas eleições.
"Queríamos dar o primeiro lugar, mas em ambos os municípios praticamente aniquilámos o comunismo, ficámos em segundo lugar, à frente do PSD, muito, muito, muito afastados", indicou.
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