Resíduos do engenho foram entregues à GNR, que está investigar o caso.
A candidatura do Volt em Rio Maior apresentou duas queixas-crime na GNR por explosão de um engenho artesanal na sede de campanha e por intimidações ao cabeça de lista, ameaçado em casa, de madrugada, por quatro desconhecidos.
O candidato do Volt à Câmara de Rio Maior, no distrito de Santarém, Jorge Silva, disse, este sábado, à agência Lusa ter registado, no último mês "vários atos e telefonemas intimidatórios", uma situação que culminou, na noite de quinta para sexta-feira "com um ataque à residência da família".
Na queixa contra desconhecidos, apresentada na sexta-feira, no GNR de Rio Maior, Jorge Silva relatou que "um carro parou à porta de casa, cerca das 03:50, e saíram quatro homens que começaram a bater na porta e nos vidros das janelas".
Durante vários minutos os quatro elementos "proferiram frases intimidatórias e ameaçadoras", relatou o candidato, precisando terem-lhe dito "anda cá fora que fazemos-te a folha" ou "vais pagar...", numa atitude que causou "um forte impacto e receio na família".
A ameaça, registada num vídeo entregue na GNR, aconteceu depois de, na sexta-feira, dia 19, "durante uma reunião da direção, terem feito rebentar um engenho explosivo artesanal na sede de candidatura", contou.
Este incidente, do qual foi feito queixa na GNR, aconteceu cerca das 23:00, quando se encontravam cinco elementos da candidatura no local e provocou "danos no edifício, com a queda de betume na parede de um balcão", afirmou o candidato à Lusa.
Os resíduos do engenho foram entregues à GNR, que está investigar o caso.
Além destes atos que originaram queixas às autoridades, Jorge Silva disse à Lusa que elementos da lista candidata têm sido "alvo de pressões e intimidações, telefonemas, mensagens e tentativas de remover publicações nas redes sociais", bem como de "danos nos carros, com riscos ou vidros partidos".
A co-presidente do Volt Portugal, Inês Bravo Figueiredo, disse, este sábado, à Lusa que "face à gravidade dos acontecimentos" o partido vai apresentar "queixa formal à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e solicitar apoio às forças policiais no sentido de proteger a integridade dos candidatos" naquele concelho.
Recusando aceitar "que a democracia seja posta em causa por comportamentos que pretendem calar vozes e impedir o debate de ideias", o Volt Portugal condenou os atos que considera não serem dignos "de um país democrático e seguro" e sustentou avançar com a queixa, não apenas pelos seus candidatos mas "por todos os que recusam o medo como ferramenta política e que defendem a liberdade como valor inegociável".
Inês Bravo Figueiredo deixou ainda um apelo "a todas as forças políticas concorrentes que sensibilizem os membros e apoiantes para a importância de uma campanha justa, ética e respeitosa e que "vejam na diferença uma oportunidade de crescimento e não um motivo de hostilidade".
"Tal como o Volt respeita todos os candidatos e partidos que concorrem em Rio Maior, esperamos que esse respeito seja recíproco", conclui a co-presidente do partido, ressalvando não haver registo deste tipo de atos nos outros concelhos onde o partido concorre nas próximas autárquicas: Tomar (no distrito de Santarém), Faro e Loulé (na região do Algarve), Lisboa e Porto.
O partido integra ainda coligações em Coimbra, Torres Vedras e Oeiras (ambos no distrito de Lisboa).
As eleições autárquicas realizam-se no dia 12 de outubro.
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