1737 animais feridos ou mortos pelo fogo de Monchique
Animais de pecuária e de companhia que foram vítimas do incêndio de agosto.
O incêndio de Monchique, que depois alastrou aos concelhos de Portimão, Odemira e Silves, deixou feridos ou mortos 1657 animais de pecuária, segundo as participações feitas por produtores e proprietários à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, apurou o CM.
Foram ainda afetados pelas chamas cerca de 80 animais de companhia, como cães e gatos.
No âmbito do processo de participação dos prejuízos já foram entregues 584 declarações, revela o Ministério da Agricultura, numa resposta a questões do deputado André Silva (PAN), a que o CM teve acesso.
No total, o fogo deixou mortos ou feridos 80 suínos, 1155 galinhas e patos, 39 caprinos, 27 ovinos, 207 coelhos, 144 pombos, quatro bovinos e um burro. Estes dados estão agora em fase de validação.
"Quase todos os animais eram para consumo próprio. A informação que me deram [por parte do Governo] é que não serão dados apoios para animais que não estavam registados", lamenta Rui André, presidente da Câmara de Monchique.
No que se refere a animais de companhia, o Governo estima que "cerca de 80 possam ter sido afetados e tratados", tendo em conta "o número de animais que foram observados por médicos veterinários".
PORMENORES
Animais selvagens
Muitos animais selvagens também morreram ou ficaram feridos. A Câmara de Monchique deu um apoio de 15 mil euros às associações de caçadores para a aquisição de alimentação.
Açúcar para abelhas
Rui André revela que para alimentar as abelhas, nas áreas ardidas, foi colocada calda à base de açúcar junto de apiários e linhas de água.
Sete dias de fogo
O incêndio lavrou durante sete dias, em agosto. Foi o maior registado este ano no País, consumindo 26 763 hectares.
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