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Vítima de incêndio em Monchique dorme em palheiro

Casa ficou destruída e José Franco foi viver para local onde guarda a comida dos animais.

23 de outubro de 2018 às 09:32

"Nunca pensei com os anos que tenho ter de abrigar-me num palheiro. Dormi no chão, as sacas eram as minhas manta e almofada, marcou-me muito". O testemunho emocionado é de José de Franco, de 57 anos, que viu a casa onde vivia ser consumida pelo incêndio, em Monchique.

O local, onde guarda as farinhas para os animais e ferramentas, teve ratos durante mais de um mês. É o mesmo local onde continua a habitar mas, agora, está parcialmente remodelado após o apoio da Plataforma Ajuda Monchique, que com dezenas de voluntários reuniu meios e fundos para dar "a máxima dignidade a este homem", explicou ao CM a voluntária Clara de Sousa Vicente.

O fogo que deflagrou este verão, em Monchique, tirou-lhe a casa de primeira habitação que pertencia à sua família. Apenas sobreviveram alguns animais. "O tecto da minha casa é agora o céu, ardeu toda uma vida. Agradeço à Clara e a todos os voluntários". José defende que "os voluntários estão a fazer o trabalho que o Governo devia fazer".

Segundo este habitante, os técnicos da Câmara estiveram no local "a fazer medições" depois de saberem que vivia no palheiro. Garante que apenas lhe deram "um colchão".

Questionada pelo CM, a Câmara de Monchique assume que o caso está sinalizado. Segundo o presidente Rui André, os funcionários do setor da ação social "ofereceram alimentação e alojamento provisório, mas a pessoa preferiu ficar no local".

José continua a viver no palheiro.

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