Conselho chumba proposta de Elina
Direção da Caixa de Previdência não foi destituída como propôs bastonária da Ordem.
Após uma semana de conflito, Elina Fraga perdeu. A bastonária da Ordem dos Advogados viu ontem o Conselho Geral da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) chumbar a sua pretensão de destituir a direção da Caixa. Os 18 membros presentes na reunião dividiram-se: houve 9 votos a favor e 9 contra, mas eram necessários dois terços, ou seja, 13 a favor.
No final, a direção da Caixa, presidida por José Ferreira de Almeida, divulgou um comunicado, acusando a bastonária dos advogados de ser "promotora ativa e única responsável pela veiculação de uma imagem de fratura e divisionismo". "Mais do que um ataque a esta direção, a bastonária pôs em causa a própria instituição", dizia ainda o comunicado da CPAS, que foi ainda acusada de "calúnia" por Elina Fraga, na sequência da aprovação do novo regulamento que aumenta as contribuições mensais dos profissionais para a Caixa – o documento foi aprovado em Conselho de Ministros e 30 de abril e está agora nas mãos do Presidente da República. Também em comunicado, Elina Fraga escreveu que se manterá "livre e independente" e que responderá "a todos os ataques, venham eles de onde vierem.
Contactado pelo CM, Vasco Marques Correia, ex-presidente do Conselho Distrital de Lisboa e atual membro do Conselho Geral da CPAS, congratulou-se com a rejeição da intenção de Elina Fraga de destituir a direção da Caixa. "Felizmente, a Caixa continua estável, não se embarcou em aventureirismos populistas. Com a reforma dos advogados não se brinca, e isso ficou claro", disse ao CM .
Recorde-se que na origem da polémica entre a CPAS e Elina Fraga está o novo regulamento da Caixa, ao qual Elina não propôs alterações.
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