"Asfixiada às mãos do companheiro"
Pedidos 25 anos nas alegações finais.
O Ministério Público pediu esta segunda-feira pena máxima para o homem que é suspeito de ter assassinado a companheira, advogada, simulando um acidente de viação, numa estrada de montanha em Seia.
Ana Rita Antunes "morreu estrangulada às mãos do companheiro e não do acidente de viação", sendo por isso "mais uma vítima na estatística negra da violência doméstica", disse na segunda-feira o procurador do Ministério Público. Nas alegações finais, no Tribunal da Guarda, o magistrado do MP pediu 25 anos para o economista que está a ser julgado pelo crime de homicídio qualificado e de espionagem informática, por ter intercetado as comunicações do telemóvel da mulher, com quem já tinha uma relação há 19 anos.
O Ministério Público considera que o crime foi "premeditado", tendo o arguido tentado disfarçar a morte por asfixia -"com as mãos, segundo as perícias forenses" -, e não como consequência do acidente de automóvel numa estrada a poucos quilómetros da aldeia de Furtado, onde residia o casal com as duas filhas menores. "O facto de o veículo não ter capotado ao descer a ribanceira não permitiu esconder o crime".
Para o advogado da família da vítima mortal, o Tribunal deve decidir respondendo a "duas perguntas: de que morreu e quem matou Ana Rita?". Victor Faria diz que os golpes encontrados no corpo da mulher "não foram provocados por uma mão mecânica do carro". O advogado de Rui Andrade recusa a autoria do crime e pede novamente para que o acidente seja reconstituído com um veículo da mesma marca e modelo.
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