Imagens provam morte violenta de jovem
Joel Rafael foi empurrado e pontapeado quando já estava inanimado. Caso aconteceu no Porto.
Joel Rafael foi empurrado, no parque de estacionamento da Faculdade de Engenharia do Porto, na madrugada do primeiro dia de abril do ano passado. O empurrão foi dado por uma rapariga. O jovem caiu, de imediato, inanimado. Foi pontapeado por, pelo menos, dois rapazes. Todos estavam alcoolizados; só minutos depois é que se aperceberam da gravidade do ferimento. Continuavam à pancada, mesmo ali ao lado.
As imagens de videovigilância não deixam dúvidas. E desmentem o arquivamento do Ministério Público, em que se diz que não foram apuradas responsabilidades criminais.
A morte de Joel está sem castigo, mas a família não desiste, e vai contestar o despacho do magistrado. "Vamos pedir a reabertura do inquérito com base em factos novos", garantiu ao CM Mónica Quintela, advogada assistente no processo. São muitas as dúvidas neste caso.
A autópsia não foi esclarecedora. Provou-se apenas que o jovem morreu de traumatismo craniano, provocado por uma queda. Ficou claro que o álcool ingerido não era suficiente para lhe provocar a morte, mas não se sabia se um desmaio poderia estar na origem da queda.
Nas imagens que o CM agora revela, não há dúvidas de que Joel foi empurrado. Nem sequer há dúvidas de que, quando já estava caído no chão, continuou a ser agredido (embora não tivesse sido essa a causa direta da morte). Também não restam dúvidas de que todos os restantes jovens estavam alcoolizados. Tinha sido uma noite de excessos no bar da Associação Académica. A festa, que terminou pelas 04h30, prolongou-se na rua, com vários incidentes de pancadaria. Todos envolvendo estudantes universitários – que além do álcool estavam também sob o efeito de várias drogas ilícitas.
A PJ descreve as agressões, no relatório final, mas diz que não conseguiu identificar nenhum dos agressores, por as imagens não terem qualidade.
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