Imagens provam morte violenta de jovem

Joel Rafael foi empurrado e pontapeado quando já estava inanimado. Caso aconteceu no Porto.

04 de março de 2017 às 01:30
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Joel Rafael foi empurrado, no parque de estacionamento da Faculdade de Engenharia do Porto, na madrugada do primeiro dia de abril do ano passado. O empurrão foi dado por uma rapariga. O jovem caiu, de imediato, inanimado. Foi pontapeado por, pelo menos, dois rapazes. Todos estavam alcoolizados; só minutos depois é que se aperceberam da gravidade do ferimento. Continuavam à pancada, mesmo ali ao lado.

As imagens de videovigilância não deixam dúvidas. E desmentem o arquivamento do Ministério Público, em que se diz que não foram apuradas responsabilidades criminais.

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A morte de Joel está sem castigo, mas a família não desiste, e vai contestar o despacho do magistrado. "Vamos pedir a reabertura do inquérito com base em factos novos", garantiu ao CM Mónica Quintela, advogada assistente no processo. São muitas as dúvidas neste caso.

A autópsia não foi esclarecedora. Provou-se apenas que o jovem morreu de traumatismo craniano, provocado por uma queda. Ficou claro que o álcool ingerido não era suficiente para lhe provocar a morte, mas não se sabia se um desmaio poderia estar na origem da queda.

Nas imagens que o CM agora revela, não há dúvidas de que Joel foi empurrado. Nem sequer há dúvidas de que, quando já estava caído no chão, continuou a ser agredido (embora não tivesse sido essa a causa direta da morte). Também não restam dúvidas de que todos os restantes jovens estavam alcoolizados. Tinha sido uma noite de excessos no bar da Associação Académica. A festa, que terminou pelas 04h30, prolongou-se na rua, com vários incidentes de pancadaria. Todos envolvendo estudantes universitários – que além do álcool estavam também sob o efeito de várias drogas ilícitas.

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A PJ descreve as agressões, no relatório final, mas diz que não conseguiu identificar nenhum dos agressores, por as imagens não terem qualidade.

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