Defesa de Sócrates diz que acusação é um "romance" de "grande espetáculo"

Advogados dizem que vão derrotar suspeitas "infundadas, insensatas e insubsistentes".

11 de outubro de 2017 às 13:43
Os advogados de José Sócrates, João Araújo e Pedro Delille Foto: António Pedro Santos/Lusa
Os advogados de José Sócrates, João Araújo e Pedro Delille Foto: João Relvas/Lusa
Os advogados de José Sócrates, João Araújo e Pedro Delille Foto: Bruno Colaço

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Os advogados de José Sócrates emitiram esta quarta-feira um comunicado em que qualificam a acusação do Ministério Público contra o antigo primeiro ministro como "um romance" que está "vazio de provas". 

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João Araújo e Pedro Delille garantem que vão derrotar "em todos os terrenos, essa acusação infundada, insensata e insubsistente" e louvam o facto de o processo deixar de estar tutelado pelo Ministério Público.

"Com esta acusação, cessam os poderes de direção do processo pelo Ministério Público, que ficará sujeito ao controlo jurisdicional por juiz competente, isento e imparcial.", diz o comunicado.

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Leia a declaração na íntegra:

"A defesa do Senhor Engenheiro José Sócrates teve hoje conhecimento de ter sido deduzida acusação no chamado Processo Marquês. Esta acusação surge depois de largamente ultrapassados todos os prazos da lei e, visivelmente, destinada a reanimar, a alimentar e a expandir a suspeição lançada sobre a pessoa e a ação de um ex-Primeiro Ministro e do seu Governo.

Os advogados do Senhor Engenheiro José Sócrates irão examinar detalhadamente o despacho e todos os elementos do processo e irão usar todos os meios do direito para derrotar, em todos os terrenos, essa acusação infundada, insensata e insubsistente.

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A um primeiro relance, trata-se de um romance, de um manifesto, vazio de factos e de provas, pois não pode ser provado o que nunca aconteceu. Trata-se de retomar e desenvolver os mesmos temas numa iniciativa de grande espetáculo.

A defesa do Engenheiro José Sócrates manteve, ao longo deste processo, mesmo perante o enorme e injusto sacrifício pessoal do seu Constituinte, absoluta confiança no direito, mesmo quando os que o deviam guardar e acatar o violaram grosseiramente. Será nesse quadro no direito que irá continuar, com rigor e exigência. Com esta acusação, cessam os poderes de direção do processo pelo Ministério Público, que ficará sujeito ao controlo jurisdicional por juiz competente, isento e imparcial."

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