137 assaltos à bomba a caixas multibanco
Gangs rebentaram três caixas na madrugada de ontem, no espaço de uma hora e meia.
O método é quase sempre o mesmo: os assaltantes injetam gás na ranhura das notas e, com uma bateria de carro, provocam uma faísca que leva ao rebentamento das caixas multibanco. Ontem de madrugada, numa hora e meia, um ou mais grupos de encapuzados destruíram à bomba mais três caixas ATM, em Lisboa, Seixal e Sintra. Nos três casos roubaram milhares de euros.
Desde o início do ano, numa contabilidade do CM feita a partir de dados oficiais da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), referentes ao primeiro semestre, a que se somam todos os casos noticiados desde então, foram assaltados pelo menos 137 multibancos em todo o país – os últimos 5 entre as madrugadas de quinta e sexta-feira.
Eram 04h00 de ontem quando se deu o primeiro ataque, no pavilhão do Alto do Moinho, em Corroios. Pelas 04h45, explodia um ATM em Ral, Sintra, e meia hora depois no Lumiar, em Lisboa, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas. Em comum, milhares de euros roubados e o rasto de destruição que deixam para trás.
Em Sintra, o rebentamento da caixa ATM causou danos avultados no restaurante ‘O Amaral’, onde por cima dormiam os pais dos proprietários. Já no Lumiar, um homem estava acampado numa pequena tenda a apenas 10 metros do alvo do ataque à bomba. Os assaltantes, que por norma atacam armados, não se terão apercebido da sua presença. "Eu não vi nada. Apenas ouvi a explosão e até pensei que tivesse sido um acidente entre dois carros", disse ao CM José Sousa. A investigação destes casos compete à PJ.
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