Português executado na Nigéria
Resgate pago não evitou a morte de José Machado.
Um mês depois de ter sido raptado na Nigéria – e apesar de ter sido feito o pagamento de um resgate de vários milhares de euros –, José Machado foi encontrado morto esta quarta-feira de manhã. Nenhum dos elementos do grupo foi capturado. A empresa AG Dangote e o Governo português garantem que tudo tentaram para salvar o emigrante e que vão agora assumir a repatriação do corpo.
José Machado, de 51 anos, era o encarregado geral da construção de uma estrada no centro da Nigéria. A 23 de outubro, um grupo de homens armados atacou os trabalhadores no local. Dois polícias que protegiam os funcionários da AG Dangote foram abatidos e o português levado para parte incerta.
Nos dias seguintes chegava o pedido de resgate, negociado com a empresa e a polícia local.
"Apesar do pagamento do devido resgate e de todos os esforços realizados pela empresa, em conjunto com as autoridades portuguesas e locais, para que procedessem à libertação, José Machado não foi libertado, tal como tinha sido acordado", admitiu ontem fonte da empresa. O corpo deverá chegar a Portugal na próxima semana.
PORMENORES
Mulher não sai de casa
Desde que José Machado foi raptado que a mulher não sai de casa, em Constance, Marco de Canaveses. Tem tido o apoio do filho, bancário de 23 anos, que está de baixa desde o sucedido.
Visita uma semana antes
José Machado esteve em Portugal pela última vez uma semana antes de ser raptado para estar no aniversário da mulher.
Mil raptos este ano
Desde o início de 2017 pelo menos mil pessoas foram raptadas na Nigéria por grupos armados. O resgate é o objetivo do crime.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt