Filho de milionário mata mulher com quatro tiros

Luís Cardoso entrou na empresa onde trabalhava Sandra, em Salvaterra de Magos, e assassinou-a.

27 de dezembro de 2017 às 01:30
Sandra Cardoso era considerada uma mulher alegre e simpática Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Luís Cardoso tinha 46 anos. Depois de matar a mulher suicidou-se Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Sandra Cardoso foi morta pelo marido Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Sandra Cardoso foi morta pelo marido Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Luís Cardoso, agressor Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Luís Cardoso tinha 46 anos. Depois de matar a mulher suicidou-se Foto: Direitos Reservados
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço
Mata mulher com quatro tiros em Salvaterra de Magos Foto: Bruno Colaço

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Luís Cardoso não suportava a separação e a ideia do divórcio anunciado. Ontem, armado com uma pistola, pelas 13h30, foi ter com a ainda mulher ao trabalho, numa empresa de transportes em Salvaterra de Magos. E, à frente de colegas da vítima, disparou pelo menos cinco tiros – quatro contra Sandra e um sobre ele próprio. Morreram ali, no chão do escritório. O homicida deixa dois filhos.

Segundo o CM apurou, Luís, de 46 anos, é filho do milionário Armando Cardoso, o antigo patrão da Conforlimpa, a gigante das limpezas em Portugal (ver caixa ao lado). Atualmente, o homicida trabalhava no mesmo ramo que o pai. Estava ligado à empresa Salimpa, com sede em Santarém. Sandra, a vítima de 45 anos, trabalhava no departamento financeiro da Running and Flying, empresa de transportes com sede na zona de Vale Queimado, junto à EN118.

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Ontem, à hora de almoço, Luís conduziu até ao local de trabalho da mulher, estacionou à porta da empresa e entrou a pé. Ninguém suspeitou de nada, uma vez que era conhecido dos colegas da mulher. Mas, assim que ficou frente a frente com Sandra, Luís puxou da pistola. A vítima ainda se terá tentado refugiar debaixo da secretária, mas não escapou à fúria do homicida. Ele matou-a e matou-se a seguir.

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Os colegas da vítima deram o alerta, mas quando as equipas de socorro chegaram ao local já nada havia a fazer. A sede da empresa foi isolada e apenas foi autorizada a entrada de familiares do casal, que foram chegando ao local durante a tarde, à medida que iam tendo conhecimento da tragédia. A Judiciária foi acionada para investigar as circunstâncias deste homicídio, seguido de suicídio, mas o processo será arquivado devido à morte do autor do crime.

Queixas a amigos por ameaças e violência em casa

Sandra nunca apresentou uma queixa formal contra o marido, de quem se estava a divorciar. Mas fontes policiais garantiram ao CM que a vítima já tinha confidenciado a amigos ser vítima de ameaças e violência. Na empresa era considerada uma mulher alegre, compreensiva e simpática para todos.

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Empresário levou carro da empresa para cometer o crime

Luís Cardoso tinha 46 anos e trabalhava na empresa Salimpa. Ontem saiu de casa, em Santarém, com o carro da sua empresa e entrou armado na empresa onde trabalhava a mulher e disparou várias vezes. A seguir pôs termo à própria vida com a mesma arma.

Pai foi condenado por fraude fiscal de 42 milhões

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Armando Cardoso, pai do homicida e patrão da Conforlimpa, foi condenado a 11 anos de cadeia em 2014 por uma fraude fiscal que lesou o Estado em 42 milhões e 352 mil euros. A filha Andreia apanhou três anos. O processo ainda corre nos tribunais.

Idosa esfaqueada pelo marido está em estado grave

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19 mulheres assassinadas

Cândida, Paula, Fátima, Lina, Ilídia, Maria, Juvelina, Maria José, Maria de Fátima, Ana Freitas, Maria Ascensão, Ana, Carla, Ilda ou Sandrina. Estes são apenas os nomes de algumas das 19 mulheres assassinadas em contexto de violência doméstica desde o início do ano. A última desta lista negra até ao caso de ontem era Sandrina. Foi degolada em casa pelo marido, Claude, durante a noite, enquanto os três filhos dormiam, em Tornada, nas Caldas da Rainha. O marido ainda se tentou suicidar, mas sobreviveu.

De acordo com os dados da UMAR, para lá destes 19 homicídios consumados – o número mais baixo dos últimos anos –, houve ainda 23 tentativas.

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Em metade dos casos as vítimas tinham ainda relações de intimidade com os homicidas e em 22% dos casos já se tinham separado ou divorciado. Também em metade dos casos já havia registo de queixa por parte das vítimas junto das autoridades competentes e em quatro dos casos existiam mesmo medidas de coação ou de afastamento já aplicadas pelos tribunais. A Madeira foi a região com mais casos – cinco homicídios consumados –, seguida do distrito do Porto, com quatro casos registados pelas autoridades.

Estes crimes deixaram ainda este ano 27 órfãos de mãe.

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