Jovem de Leiria raptada e morta em Moçambique

Trio criminoso, que já foi detido, lançou o corpo ao rio, de pernas e braços atados.

31 de dezembro de 2017 às 01:30
Inês Botas tinha 28 anos. Era natural de Leiria e vivia em Moçambique há ano e meio Foto: Direitos Reservados
Os três agressores são naturais e residentes na zona. Foram detidos pela polícia e confessaram que queriam o dinheiro da jovem Foto: Direitos Reservados
Clube Náutico onde Inês treinou Foto: Direitos Reservados

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Após o crime, os três atacantes, identificados como Izaías Nicolau, Jonas Moiana e Danilo Lampeão, com idades entre os 21 e os 24 anos, regressaram à cidade e acabaram por ser detidos pela polícia, ainda na posse dos telemóveis e dos cartões bancários de Inês Botas, com os quais fizeram dois levantamentos de 9 mil e de 20 mil meticais.

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O desaparecimento foi comunicado às autoridades na manhã de sexta-feira, por um colega de trabalho, que estranhou Inês Botas ter os telemóveis desligados, não ter passado a noite no condomínio fechado onde vivia e o jipe estar abandonado perto de um hotel. As diligências policiais foram iniciadas e, poucas horas depois, detidos os três atacantes, que confessaram o crime. A polícia teve a colaboração de um funcionário do Clube Náutico da Beira - o último local onde tinha sido vista -, que era "muito próximo" da vítima e tinha estado com ela.

Homicidas pediram boleia à vítima e tinham plano para a assaltarem depois do treino

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O assalto a Inês Botas resultou de um "plano engendrado" por Izaías Nicolau e partilhado com Jonas Moiana e Danilo Lampeão, todos detidos pela polícia. Queriam "roubar dinheiro a uma portuguesa que treinava" no Clube Náutico da Beira. Esperaram pelo final do treino, pediram-lhe boleia e durante a viagem ameaçaram-na com a "pistola de brinquedo". Duas horas depois abandonaram o jipe da vítima e seguiram no carro de um deles. Foi já de madrugada que atiraram Inês ao rio, para não serem denunciados.

Condolências de Marcelo

A família de Inês Botas, que não quis prestar declarações ao CM, recebeu ontem um telefonema de condolências do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Cargo de topo

Inês Botas era solteira e vivia há ano e meio em Moçambique, sendo diretora financeira da empresa portuguesa Ferpinta. Antes viveu em Angola.

Sepultada em Portugal

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Após a autópsia e as formalidades legais, o corpo da jovem será transladado para Portugal, na próxima semana, para que seja sepultada na terra natal.

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