Rede mantinha escravas sexuais em vinte bordéis
Denúncia dava conta de prostituição “sem preservativo” e em “cativeiro”.
Uma operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nas Caldas da Rainha, Cadaval, Santarém, Leiria, Ourém, Nazaré, Évora, Quarteira e Faro deteve quatro pessoas de uma rede (um casal português e duas brasileiras), liderada por uma destas sul-americanas, que geria 20 bordéis que funcionavam em casas alugadas de norte a sul do País.
Dedicavam-se ao tráfico de mulheres e tinham ‘escravas sexuais’. A denúncia anónima por telefone que deu início à investigação dava conta que as mulheres, quase todas brasileiras e russas, eram obrigadas "a praticar a prostituição e a fazer sexo sem preservativo", mantidas em "cativeiro", "passavam fome" e eram "espancadas e violadas".
Os investigadores também detetaram a prostituição de travestis. A investigação do SEF só encontrou, para já, uma vítima alvo de tráfico humano.
Nas buscas foi apanhado ouro, centenas de milhares de euros em cheques e vales ao portador, dois carros e extratos bancários e outro material relacionado com o crime.
"Foram identificadas, no total, 36 pessoas", refere o SEF, 30 das quais estrangeiras.
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