Dez taxistas atraídos para roubos violentos

Dois cadastrados chamavam táxis por telefone, via central, e atacavam motoristas logo à chegada.

05 de abril de 2018 às 09:00
Táxis Foto: Vítor Mota
Táxis Foto: Direitos Reservados
Táxis Foto: Direitos Reservados

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Durante os primeiros três meses do ano, sobretudo entre janeiro e fevereiro, espalharam o terror junto da comunidade de taxistas da linha de Oeiras, até Cascais, e na zona de Loures – onde, através de chamadas para a central, emboscaram motoristas, que acabavam por espancar e roubar.

A 25 de março, a PSP de Oeiras apanhou o primeiro assaltante, e esta terça-feira a PSP de Loures prendeu o cúmplice, através das respetivas esquadras de investigação criminal. São dois cadastrados envolvidos em mais de 10 roubos.

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Paulo Rocha foi uma das vítimas. A 18 de fevereiro, o taxista de 53 anos recebeu um pedido para se deslocar a uma urbanização de Outeiro da Polima, em Cascais. "À chegada vi dois homens, bem vestidos, a falarem. Um deles entrou no táxi e, à minha pergunta de qual o destino, respondeu que não íamos para lado nenhum", diz ao CM

Sentado ao volante, o motorista foi espancado por quatro homens.

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Ficou sem o telemóvel e 250 euros. Foi hospitalizado, com suspeitas de fratura no maxilar. "Estive 3 dias sem trabalhar."

Paulo Rocha foi uma entre as mais de 10 vítimas da dupla de assaltantes, que atacavam sempre da mesma forma.

Chamavam por telefone os táxis para zonas residenciais pouco movimentadas – e atacavam os motoristas logo à chegada. Através de agressões, com ‘gravatas’ no pescoço ou ameaça de facas.

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Os dois atacavam juntos e em separado – num total de roubos superior a dez. Depois de detidos, foram reconhecidos presencialmente pela maioria das vítimas e, presentes a tribunal, estão em prisão preventiva.

PORMENORES 

Mais roubos

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Paulo Rocha, vítima do gang, disse ao CM ter sabido que, em fevereiro, o grupo fez dezenas de assaltos a taxistas nos concelhos de Oeiras e Cascais. A PSP prossegue a investigação para apurar mais factos.

Hospitalizados

Os cerca de dez crimes pelos quais os detidos estão indiciados têm a violência extrema em comum. Em todos eles, os taxistas foram barbaramente agredidos. Alguns foram mesmo hospitalizados.

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Assaltos a casas

Para além dos roubos a taxistas, os detidos podem estar envolvidos em mais crimes. A 25 de março, juntamente com o primeiro detido, em Oeiras, foram apanhadas duas mulheres por furtos em residências.

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