Estudo dá luz verde ao aeroporto no Montijo

Relatório reconhece alguns impactos da obra, mas considera-os pouco significativos.

10 de maio de 2018 às 08:17
Base aérea do Montijo Foto: João Cortesão
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O estudo de impacte ambiental para o futuro aeroporto do Montijo viabiliza o projeto de transformação da base área em instalações civis, reconhecendo que este terá alguns efeitos no meio que o envolve, mas considerando-os pouco significativos. Os ambientalistas exigem uma nova avaliação, mais abrangente.

O relatório elaborado pela empresa Profico Ambiente, revelado esta quarta-feira pelo ‘Negócios’, identifica "a fauna, como as aves, e, em muito menor importância, a flora" como os fatores "que têm de ser olhados com mais pormenor do que outras vertentes", explicou Thierry Ligonnière, administrador da ANA - Aeroportos. O responsável destacou ainda o "impacto pouco significativo na questão do ambiente sonoro".

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O estudo deve ser entregue nos próximos dias ao Governo pela ANA, será avaliado pela Agência Portuguesa do Ambiente e estará em consulta pública durante 40 dias. É esperado que a obra do novo aeroporto arranque no próximo ano, com conclusão prevista para 2022. O orçamento deve superar os 300 milhões de euros.

Para a associação Zero, este é "um procedimento errado", defendendo que a escolha da localização do novo aeroporto no Montijo seja sujeita a uma Avaliação Ambiental Estratégica. A Zero admite recorrer aos tribunais e pedir a intervenção da Comissão Europeia.

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"Apesar de ser expectável que o promotor considere que a localização é viável, a Zero tem fortes dúvidas relativamente aos impactos do ruído sobre as populações, conservação da natureza face à proximidade do estuário do Tejo, bem como os riscos para as aeronaves", referiu.

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