Provas tramam irmãs homicidas de bebé recém-nascida
Morte de menina, em Corroios, foi planeada ao pormenor.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal está prestes a terminar, e a entregar ao Ministério Público do Seixal, o relatório da investigação ao homicídio por asfixia e à facada de uma recém-nascida, às mãos da mãe e da tia, em abril, num apartamento de Corroios.
Rafaela e Inês Cupertino, as irmãs gémeas arguidas (presas na cadeia de Tires), incorrem numa pena de 25 anos de cadeia, já que a PJ sugere que sejam julgadas por homicídio qualificado.
De fora, sabe o CM, ficou a hipótese da prática de infanticídio – crime praticado logo após o parto – em resultado de pressão social ou descontrolo psíquico, o que levaria a uma atenuação da pena. Há prova de que Rafaela planeou ao pormenor o crime, ocorrido na madrugada de 10 de abril. Grávida em fim de gestação, a arguida fumava droga ocasionalmente.
Magoada com o pai da filha, que criticava por não a acompanhar, Rafaela não quis ir ao hospital quando as águas rebentaram e fechou-se na casa de banho. No entanto, não contou com uma hemorragia. Mesmo assim, a filha nasceu saudável. O que se passou a seguir, a PJ não consegue explicar.
Tanto Rafaela, que tapou a boca da filha até a matar por asfixia, esfaqueando-a no coração em seguida, como Inês, que suturou a vagina da irmã, mantiveram-se caladas. Depois embrulharam o cadáver em sacos do lixo e só não o deitaram fora porque foram obrigadas a chamar o INEM devido à hemorragia de Rafaela.
Poderão ser acusadas de homicídio qualificado, ocultação e profanação de cadáver.
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