“Linha de mercadorias vai esventrar a cidade”, dizem moradores de Évora

Ministro citado pela justiça a responder aos moradores afetados

18 de outubro de 2018 às 01:30
Moradores estão dispostos a entregar providências cautelares para evitar o trajeto da linha perto da cidade Foto: Hugo Rainho
linha comboio Foto: Getty Images
Linha de comboio Foto: Getty Images

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Um grupo de moradores de Évora está empenhado em não permitir que o traçado da futura linha ferroviária de mercadoria Sines/Caia passe tão perto da cidade Património Mundial, como indica o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente. O executivo autárquico, a oposição e os deputados do PS, PSD e CDU eleitos pelo circulo eleitoral de Évora também contestam a solução.

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"O trajeto em vias de ser escolhido para a linha de mercadorias vai esventrar a cidade. Cerca de 1500 pessoas de vários bairros e quintas vão ser afetados pela passagem diária de dezenas de comboios que transportam matérias perigosas da refinaria de Sines", disse ao CM José Murteira Martins, morador na zona afetada pelo suposto traçado - a ligação a Évora Norte a partir da estação ferroviária da cidade.

"Pedimos ao Tribunal Administrativo que intime o ministro [Pedro Marques] a responder se já tomou uma decisão e se considerou a proposta que afasta mais a linha, para o corredor aberto para a continuação do IP2 e que está abandonado. Corre o prazo para responder", conta a moradora Luísa Quitério, revelando que os cidadãos estão dispostos a entregar providências cautelares na Justiça caso a decisão lhes seja desfavorável.

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Também o grupo Pro-Évora, uma associação de defesa do património, está preocupado, pois a linha como está pensada "entra na zona de contenção, fere a tomada de vistas e põe em causa a continuidade do tecido urbano". Contactados pelo CM, quer o Ministério do Planeamento, quer a Infraestruturas de Portugal, não responderam em tempo útil às questões colocadas.

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