IKEA recusa cheque da Câmara de Portimão
Autarquia mostra-se indignada por considerar que este procedimento é contrário à lei.
A câmara de Portimão está indignada depois de ter sido impedida pela loja IKEA, junto ao MAR Shopping, em Loulé, de fazer um pagamento em cheque. A autarquia pretende abrir um centro comunitário no bairro do Pontal e comprou material no valor de cerca de 4 mil euros na empresa. O pagamento acabou por ser feito com cartão de crédito.
Os funcionários da câmara, numa primeira fase, foram impedidos de efetuar o pagamento em dinheiro, porque a marca sueca disse não aceitar valores acima de 1000 euros em numerário, quando a compra é feita por um sujeito passivo de IRC.
Numa segunda tentativa, "levaram à loja três cheques com o valor exato da despesa, mas a IKEA recusou o pagamento, outra vez, porque só aceita cheques visados ou bancários e não os nominativos que foram apresentados", relatou ao CM Agostinho Santos, tesoureiro da câmara.
Para a autarquia este procedimento é "contrário à lei" e a câmara recusou-se a arranjar um cheque visado pois custaria 150 euros. Agostinho Santos destacou que "a IKEA só vai entregar o mobiliário, em Portimão, no dia 6 de dezembro, por isso, tinha mais do que tempo para que os cheques fossem cobrados". O pagamento acabou por ser feito com recurso a um cartão.
Contactada pelo CM, a IKEA diz que segundo o Banco de Portugal, "o cheque não é um instrumento de pagamento de aceitação obrigatória" e, por isso, a empresa sueca "aceita apenas cheques bancários e visados", rejeitando os nominativos. A empresa acrescenta ainda que "esta informação está disponível nos canais físicos e digitais da marca".
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