Ex-tesoureiro de Junta admite passar cheque em branco
Rodrigo Lopes, antigo vogal e tesoureiro da Junta de S. Jorge de Arroios, Lisboa, em tribunal.
João Taveira, presidente da extinta freguesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa, que esta quinta-feira começou a ser julgado no Campus de Justiça por seis crimes de peculato e quatro de prevaricação, trabalha agora como cantoneiro (varredor) no Cartaxo.
No banco dos réus está também Rodrigo Lopes, ex-vogal e tesoureiro da mesma junta, e que foi acusado, em coautoria, pelos mesmos crimes, cometidos entre 2005 e 2009. Ambos são suspeitos de causarem prejuízos ao Estado de 316 999 euros, valor que o Ministério Público reclama agora como indemnização.
Uma das situações ilegais descritas foi a criação da Casa da Lusofonia, que, segundo a acusação, serviu para custear despesas com viagens à Guiné-Bissau e Brasil.
Acusado de ter atribuído irregularmente bolsas de estudo com dinheiro da autarquia e de ter feito despesas ilegais, Rodrigo Lopes – que agora trabalha como consultor em saúde – admitiu que passou vários cheques em branco: "Admito falta de bom senso por não ter verificado as despesas, mas era a função do presidente."
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