Associações exigem suspensão das obras no Porto de Setúbal

Associações interpuseram duas providências cautelares para suspender o projeto.

19 de fevereiro de 2019 às 08:54
Associações e empresários contestaram as obras do Projeto de Melhoria das Acessibilidades ao Porto de Setúbal Foto: Vítor Chi
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Associações, empresários e ambientalistas lançaram ontem uma petição pública dirigida aos ministérios do Mar, do Ambiente e da Economia e à Secretaria de Estado do Turismo.

A petição visa a suspensão das dragagens para expansão do Porto de Setúbal, inseridas no Projeto de Melhoria das Acessibilidades, que pode ter impactos negativos no ecossistema do estuário do Sado, turismo, pescas e atividades turístico-marítimas da região. Clube da Arrábida, ZERO, SESIBAL - Cooperativa de Pescas de Setúbal, Sesimbra e Sintra, SOS Sado e Pestana Hotel Group são algumas das entidades promotoras da petição.

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Pedro Vieira, presidente do Clube da Arrábida, diz ser "complicado" quantificar os problemas que estas obras acarretam.

"Os danos serão irreversíveis. Ao retirar os 6,5 milhões de metros cúbicos de areia nas duas fases de dragagem, já não voltamos a pôr lá essa areia. Todo o dano que isso vai causar a montante e em cadeia será uma autêntica bola de neve", alerta, admitindo que poderá ser feita uma queixa à Comunidade Europeia.

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As empresas e associações, que se reuniram ontem em Lisboa, contestam a rejeição da suspensão das obras no Porto de Setúbal: o Tribunal de Almada rejeitou, sexta-feira, o pedido de providência cautelar contra a empreitada, interposto pelo Clube da Arrábida.

Há ainda duas providências que pretendem, segundo David Nascimento da SOS Sado, "a suspensão do projeto como um todo" e "invalidar o pedido de deposição de dragados na zona da Restinga A", local de reprodução de peixes e bivalves.

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