Hungria terá de 'julgar' sabotagem a estrelas no caso Football Leaks

Rui Pinto garante que vive na capital húngara desde 2015 e tudo o que descobriu foi a partir daquele país.

08 de março de 2019 às 09:13
Rui Pinto está preso preventivamente à espera da decisão final da Justiça húngara sobre transferência para Portugal Foto: Ferenc Isza
Luís Bernardo acusa FC Porto Foto: Ricardo JR

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A estratégia de defesa de Rui Pinto é clara. Se foi cometido algum crime com o acesso a dados pessoais de figuras do desporto - no caso do Football Leaks, estiveram em causa denúncias contra Cristiano Ronaldo, Mourinho ou Jorge Mendes –, isso ocorreu na Hungria e só aquele país os pode julgar.

Mas diferente é o caso da Doyen, no qual a PJ fala em tentativa de extorsão. Aí, a alegada tentativa de Rui Pinto em receber entre 500 mil € e um milhão do fundo Doyen já seria cometida em Portugal, o que permite que o nosso país tenha jurisdição penal sobre esse caso.

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O acesso aos mails do Benfica pode ter o mesmo vício jurídico. Se foi Rui Pinto quem acedeu aos mails fê-lo a partir de Budapeste, onde morava desde 2015.

Só a Hungria tem jurisdição para o julgar, caso a PJ não consiga demonstrar que houve um crime mais grave cometido no nosso país.

O hacker português vai entretanto continuar preso numa cela anexa ao tribunal, à espera da decisão final sobre a transferência para o nosso país.

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"Estratégia do FC Porto contra o Benfica"

O Benfica pede 17,5 milhões de euros de indemnização ao FC Porto, a Pinto da Costa, Francisco J. Marques e mais cinco réus, por causa dos danos causados pela divulgação de mails encarnados num programa televisivo do Porto Canal.

"O FC Porto montou uma estratégia para denegrir a reputação e imagem do clube", disse ontem Luís Bernardo, diretor de Comunicação do Benfica, ao tribunal cível do Porto, onde a ação é julgada.

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