Agressor de 62 anos frequenta curso em Coimbra para não ir preso
Pena fica suspensa se frequentar programa de prevenção.
Um homem, de 62 anos, vai ter de frequentar um programa de prevenção da violência doméstica durante quatro anos e nove meses para não ir preso. A decisão é do Tribunal de Coimbra que lhe suspendeu a pena, mas exige que o arguido cumpra um plano individual de reinserção social.
O suspeito, reformado, estava convencido que a então companheira mantinha um caso amoroso com um vizinho, em Miranda do Corvo, onde residiam, e passou a ter comportamentos "violentos, possessivos e humilhantes".
Durante o julgamento, negou ter ameaçado de morte ou agredido a vítima. Mas o coletivo de juízes não valorizou a sua versão e aplicou- -lhe quatro anos e nove meses de cadeia, suspensa.
O coletivo de juízes impôs ainda ao arguido as penas acessórias de proibição de contactos com a vítima e de uso e porte de armas. Terá também de pagar uma indemnização de 2500 euros à ex-companheira.
"No essencial, lidamos com uma pessoa que, com violência e indiferença, fez tábua rasa de valores essenciais do Estado de Direito, a saber, os que se prendem com o respeito pelo semelhante (sobretudo quando este reside debaixo de um mesmo tecto e em relação ao qual existiam laços de uma vida em comum com cerca de cinco anos)", refere o acórdão.
Os factos ocorreram entre agosto e outubro de 2018. O homem, que ameaçou matar a vítima a tiro e tinha armas de fogo em casa, tem um longo cadastro, tendo cumprido nos anos 80 e 90 penas de prisão por roubo e furto.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt