Leva 17 anos por matar a tiro em noite de festa
Ricardo Dias, 44 anos, matou Augusto Durães, de 34, com dois tiros na cara. Arma nunca foi localizada.
A irmã de Augusto Durães não conseguiu controlar-se e, num grito abafado pelas lágrimas chamou "assassino" a Ricardo Dias, esta terça-feira, assim que o viu entrar algemado na sala de audiências do Tribunal de Guimarães.
O arguido, 44 anos, acusado de matar com dois tiros no rosto o homem de 34 anos, a 8 de julho do ano passado, após uma rixa na festa Rua Branca, em Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto, foi esta terça-feira condenado a 17 anos de prisão pelo homicídio.
Ricardo Dias tentou convencer o coletivo de juízes de que os tiros foram acidentais, mas o tribunal não teve dúvidas de que o arguido quis matar Augusto Durães.
"Bem sabia que ao disparar na direção da cara da vítima, a uma distância de apenas um metro, iria tirar-lhe a vida", sublinhou a presidente do coletivo de juízes do Tribunal de Guimarães ontem, na leitura do acórdão.
A versão que Ricardo Dias contou em julgamento era diferente. Disse que sentiu receio ao ser ameaçado pela vítima e que foi até ao carro buscar a arma, apenas para se defender.
Quanto aos disparos, afirmou que a sua intenção era apenas "atirar para o ar", mas que devido à doença neurológica de que padece, não conseguiu controlar os movimentos do braço.
Versão que não convenceu, no entanto, o coletivo, que destacou o facto de o arguido ter-se escondido após o crime e de se ter desfeito da pistola calibre 6.35 que, até hoje, não foi encontrada.
Ricardo Dias foi condenado por homicídio agravado e posse ilegal de arma.
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