Mãe de bombeira morre atropelada por caravana
Condutora de 53 anos em choque após acidente trágico em Guimarães.
Céu Sousa, de 45 anos, ainda terá tentado escapar quando viu a autocaravana desviar-se na sua direção para evitar o choque com um carro parado na Estrada Nacional 101. Não esperava, no entanto, que a condutora fosse colhê-la na berma.
A mulher, que é mãe de uma bombeira estagiária dos Bombeiros Voluntários das Taipas, morreu no local. Não resistiu aos graves ferimentos que sofreu no violento atropelamento, esta terça-feira, às 12h02, na rua de S. João Batista, em Ponte, Guimarães.
A condutora da autocaravana, de 53 anos, e o marido, de 70, saíram ilesos.
A vítima mortal tinha acabado de parar o carro na berma da estrada para ir buscar o almoço ao restaurante ao lado. Saiu do carro e dirigiu-se para o contentor com um saco de lixo, quando foi violentamente colhida.
Ficou esmagada entre a autocaravana e o contentor. Apesar das manobras de reanimação, não resistiu.
A condutora ficou em estado de choque. À GNR, explicou que tentou evitar o embate com um carro parado no eixo da via, mas que perdeu o controlo do veículo, acabando por embater no carro e depois atropelar Céu Sousa.
Só parou quando embateu no veículo da vítima mortal, empurrando-o contra a parede do restaurante. "É um momento de consternação também para nós, porque tivemos que dar a notícia desta tragédia à nossa bombeira", disse ao CM Ernesto Soares, 2º comandante dos Bombeiros das Taipas.
PORMENORES
Filha recebe apoio
A Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas prestou, de imediato, apoio psicológico à filha da vítima. A notícia da tragédia foi dada à bombeira de 20 anos, já no quartel, pela psicóloga da corporação. O pai também teve apoio.
Familiares revoltados
Vários familiares da vítima mortal mostraram-se revoltados contra a condutora da autocaravana. A GNR teve de usar a força para acalmar os ânimos aos familiares que tentaram, por várias vezes, atingir a condutora que se manteve no local.
Trânsito cortado 3 horas
A circulação automóvel na estrada que liga Braga a Guimarães esteve cortada durante três horas. A remoção do cadáver foi feita às 15h00 e só depois a estrada foi limpa.
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