‘Vidente de Fátima’ acusado de burlar paciente em 4 mil euros

Esclerose múltipla foi justificada como sendo uma maldição.

15 de maio de 2019 às 01:30
Carlos Gabriel, 'vidente de Fátima' Foto: Direitos Reservados
Tribunal de Ovar Foto: D.R.
Juiz, toga, martelo Foto: Getty Images

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"Não sou santo, não faço milagres. Apenas quis ajudar o meu cliente a melhorar a qualidade de vida".

A afirmação é de Carlos Marques, o auto intitulado Irmão Carlos Gabriel, o vidente de Fátima, que começou a ser julgado, esta terça-feira, no tribunal de Ovar pelo crime de burla simples.

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Segundo a acusação, Manuel Ferreira entregou, em outubro de 2017, quatro mil euros ao vidente para o curar de uma esclerose múltipla.

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"O irmão Carlos Gabriel disse que não tinha nenhum problema da saúde, que sofria e estava mal por causa de uma maldição. Disse também que a minha filha tinha o mesmo mal e que eram precisos 4 mil euros para fazer o tratamento", contou, ao tribunal, Manuel Ferreira, residente em Ovar.

"Tive ainda de pagar 50 euros pela consulta" acrescentou o homem.

"Carlos Marques conseguiu provar a sua inocência em tribunal. Não houve nenhuma burla, o meu cliente comprometeu-se a rezar as missas com o pedido de melhoria de saúde, e foi o que fez", assegurou, Pedro Teixeira, advogado de Carlos Marques.

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A leitura de sentença está marcada para o próximo dia 22 de Maio.

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