PJ revira computador de João Marinho e afasta tese de fuga
Militares da GNR, com cães pisteiros, vasculham zona do desaparecimento, sem êxito.
Vinte dias depois, o mistério adensa-se em torno do desaparecimento de João Marinho, de 73 anos, em Azeitão. A Polícia Judiciária afasta agora a hipótese de o homem ter desaparecido de forma voluntária.
Isto com base na análise feita ao computador pessoal e telemóvel de João Marinho. É que os dois equipamentos foram apreendidos pela PJ de Setúbal e sujeitos a peritagem, mas não foi encontrado qualquer indício estranho.
Os inspetores não se depararam com mensagens que pudessem levar a pensar, a título de exemplo, que João Marinho mantivesse uma relação extraconjugal ou tivesse optado por fugir da família.
A investigação avança então no sentido de algo ter acontecido a João Marinho, que pode passar por um simples acidente ou até mesmo um problema de saúde, já que o homem tomava medicação para uma depressão crónica.
Mas também não está descartada a hipótese de ter sido vítima de um crime violento – e o corpo escondido.
De modo a colocar de parte o cenário de morte acidental, militares da GNR, com cães pisteiros, têm batido as imediações da habitação da família, em Azeitão, de onde desapareceu no passado dia 9, e onde era habitual passar os fins de semana.
As autoridades estiveram ontem, mais uma vez, no terreno, e deram particular atenção a poços de água existentes na zona. Contudo, não se depararam com qualquer pista.
Também a casa de Almada – onde a família vive – foi alvo de buscas por parte da PJ. Igualmente nada de estranho terá merecido a atenção dos inspetores.
Sabe-se, sim, que João Marinho saiu de casa vestindo polo e calções azuis, sem o telemóvel e os óculos graduados. Levou apenas o Cartão de Cidadão, algum dinheiro e o cartão Multibanco, que não usou.
A filha, Sara Marinho, voltou esta sexta-feira a falar ao CM e garantiu não ter pistas.
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