Sem-abrigo incendeia casa no Porto onde já tinha ‘inquilinos’
Suspeito estava ilegalmente em habitação, mas instalou casal a quem cobrava 100 euros por mês.
Em poucas horas, a Polícia Judiciária (PJ) do Porto descortinou o que esteve na origem do incêndio que destruiu uma casa devoluta e provocou o pânico, na segunda-feira, na rua Pinto Bessa, em Campanhã, no Porto.
Um sem-abrigo que ocupava a habitação tinha acolhido um casal de ‘inquilinos’ a quem cobrava uma renda de 100 euros. O atraso num pagamento e uma discussão devido à presença de dois cães levou o suspeito a lançar fogo à habitação. Foi detido.
Ao que o CM apurou, o mal-estar entre os residentes ilegais já durava há vários dias. Daí que o agora arguido terá pegado num dos cães do casal, abandonando-o num contentor do lixo (ver caixa) de uma rotunda. Como ainda sobrava um animal, após nova discussão com o seu ‘inquilino’, ateou fogo a um colchão, o que teria como objetivo matar o segundo animal.
Só que as chamas evoluíram de forma rápida e o caso destruiu mesmo o primeiro andar daquele prédio, obrigando também à retirada de moradores de um edifício contíguo. Duas pessoas - uma delas o próprio detido - tiveram de ser assistidas pelos socorristas.
Aliás, a PJ sublinha que apenas a rápida intervenção dos Bombeiros Sapadores e Voluntários evitou a "destruição completa do imóvel, bem como das restantes habitações e prédios habitacionais confinantes".
O homem, de 54 anos e que usou um isqueiro, responde pela prática de um crime de incêndio urbano e foi ontem levado a primeiro interrogatório.
Cão foi resgatado por uma empresa municipal do Porto
Deu entrevista aos jornalistas junto ao prédio
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