Homem mata amigo pastor à facada em discussão por causa de mangueira

Eram frequentes as discussões e rixas entre os dois, que eram alcoólicos, em Oliveira do Hospital.

31 de agosto de 2019 às 01:30
Limpeza do local onde ocorreu o crime só foi feita pelos bombeiros ao início da tarde, após autorização da PJ, que recolheu provas durante toda a manhã Foto: CMTV
PJ, Polícia Judiciária, costas, xxx Foto: Diogo Pinto
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As discussões eram frequentes entre os dois pastores, ambos com 48 anos, residentes na aldeia de Lajeosa, Oliveira do Hospital.

Na madrugada desta sexta-feira os dois envolveram-se numa discussão por causa de uma mangueira e um deles desferiu no outro um golpe fatal com uma navalha. Atingido no pescoço, Jorge Machado, ainda se refugiou em casa onde se esvaiu em sangue e morreu.

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O agressor ligou para o 112 a pedir socorro, tendo dado indicações do local onde estava a vítima. Terá dito logo nessa altura que tinha esfaqueado o vizinho e, mais tarde, entregou-se à GNR nas imediações do local do crime.

Horas antes do esfaqueamento, a GNR tinha sido chamada por causa do barulho de uma discussão entre os dois. "A patrulha encontrou os dois na rua a conversarem alto e a beberem vinho de um garrafão de cinco litros", referiu fonte da GNR. Os militares aconselharam os dois a falarem mais baixo ou a irem para casa. Os pastores acataram apenas uma das ordens, começando a falar mais baixo, mas continuaram na rua a beber.

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Depois de a patrulha deixar o local, uma prima da vítima mortal, voltou a ouvi-los: "Avisei-os de que tinha duas crianças em casa que queriam dormir. Disse-lhes para se calarem ou para irem discutir para outro lado". A partir daí, não voltou a ouvir barulho, mas acordou com o aparato das equipas de socorro.

Para entrarem em casa os bombeiros e a GNR tiveram de arrombar a porta. Jorge Machado estava no primeiro andar, caído no corredor junto ao quarto onde a sua companheira dormia e não acordou para abrir a porta por se encontrar também alcoolizada. Devido à falta de espaço, a vítima foi retirada e assistida na rua.

O suspeito foi entregue à Polícia Judiciária que o deverá apresentar este sábado em tribunal para ser sujeito a interrogatório judicial.

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PORMENORES

Casa sem condições

A casa que era ocupada pela vítima e a sua companheira, não tem condições de habitabilidade – não tem qualquer tipo de instalação elétrica nem canalização. O rés do chão da casa é usado para guardar animais de criação como galinhas.

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Antecedentes

Segundo fonte da GNR, o agressor tem antecedentes criminais. Os dois pastores eram conhecidos da GNR e dos bombeiros, por ser frequente envolverem-se em discussões que terminavam em quase sempre em agressões, por motivos fúteis e ingestão de álcool.

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